Operação Cobertura: denunciados 21 por fraude em concurso da Prefeitura de Araricá
O Ministério Público apresentou, nesta quinta-feira, 20, denúncia contra 21 pessoas pela fraude ao concurso público regido pelo edital nº 01/2014, da Prefeitura de Araricá. Conforme a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre Mauro Rockenbach, entre outubro de 2013 e março de 2014, os denunciados Maicon Cristiano de Mello, Ernesto Hattge Filho, Rodrigo Melo Ferreira, Viviane Pfluck, Aislan Rodrigues Bilhan, Cassiane Flores dos Santos, Celomar da Silva Borba, Cesar Augusto Lelling, Elisandra da Costa Lima, Gilnei Rodrigues de Freitas, Gracieli de Fatima Saldanha, Ivan Braütigan, João Sidinei de Castros, Luciane Cecilia Waliheski, Marly Teresinha da Rosa, Naiana Walbrink de Oliveira, Paula Cristina Winck, Ruana Karen Padoin, Sergio Delias Machado – à época, prefeito de Araricá –, Vilmar Daniel Piacheski e Volcí dos Reis De Souza, associaram-se em organização criminosa para aprovar candidatos indicados pelo prefeito.
Maicon Cristiano De Mello, sócio da empresa IDRH – Instituto de Desenvolvimento em Recursos Humanos Ltda., aceitou R$ 3 mil do prefeito para fazer constar na lista de aprovados nos cargos de monitor de transporte escolar, escriturário, motorista e cozinheira os denunciados Aislan Rodrigues Bilhan, Cassiane Flores dos Santos, Celomar da Silva Borba, Cesar Augusto Lelling, Elisandra da Costa Lima, Gilnei Rodrigues de Freitas, Gracieli de Fatima Saldanha, Ivan Braütigan, João Sidinei de Castros, Luciane Cecilia Waliheski, Marly Teresinha da Rosa, Naiana Walbrink de Oliveira, Paula Cristina Winck, Ruana Karen Padoin, Vilmar Daniel Piacheski e Volcí dos Reis de Souza.
Rodrigo Melo Ferreira, sócio da empresa Energia Essencial, e Viviane Pfluck, funcionária da Incapel – Instituto de Pesquisa de Mercado, Opinião Pública e Concursos Públicos, ofertaram valores superiores, ajustados entre as empresas, para que não fosse perceptível o direcionamento da dispensa de licitação para a IDRH. Ernesto Hattge Filho, responsável pela empresa Leitura Ótica, efetuou a correção das grades de respostas entregues por todos os candidatos e repassou a Maicon Cristiano de Mello o arquivo com o resultado em formato que lhe permitiu a reimpressão e preenchimento de novas grades de resposta.
A fraude foi idealizada pelo então prefeito Sergio Delias Machado, que procurou Maicon Cristiano de Mello para contratar a IDRH, por dispensa de licitação, para poder contratar os indicados. Na denúncia, o promotor requer a decretação de medidas alternativas diversas da prisão aos denunciados, como o comparecimento à Justiça da Comarca, a cada bimestre, para informar e justificar atividades. Ainda, solicitou a proibição de que se ausentem da Comarca por período maior de oito dias e que sejam proibidos de participar em licitações, orçamentos ou qualquer tipo de contratos com a Administração Pública em qualquer das esferas (Federal, Estadual e Municipal).
