Vacaria: MP recorrerá para aumentar pena de assassino de produtor rural
O Ministério Público irá recorrer da sentença dada ao réu Eduvar da Silva Padilha, condenado pelo Tribunal do Júri de Vacaria nesta quarta-feira, 12, a 19 anos de prisão em regime inicial fechado. A intenção é que a pena seja elevada. Na sessão de julgamento, atuaram pela acusação os promotores Karine Camargo Teixeira e Eugênio Paes Amorim.
O corpo de jurados considerou Eduvar da Silva Padilha culpado pela morte do produtor rural Miguel Ângelo Siega, ocorrida em 2012. Eduvar e um comparsa, já falecido, foram contratados pelo então sócio da vítima para que o matassem. Em virtude da cisão do processo, o mandante será julgado em separado – a data ainda não foi definida pela Justiça. Miguel Siega foi morto com dois disparos contra a face.
Os jurados acolheram integralmente as teses do MP de homicídio triplamente qualificado (dissimulação, mediante pagamento, por recurso que dificultou a defesa da vítima).
O CRIME
O mandante do crime, o também denunciado Marcelo Borsato, pagou R$ 7 mil e R$ 7,5 mil – através de dois veículos Vectra –, aos executores Eduvar da Silva Padilha e Ederson Luiz Ferreira (falecido durante o curso do processo), e alcançou, dias antes, uma arma de fogo para a consumação do assassinato. O motivo é que a vítima havia cobrado algumas dívidas que Borsato tinha com ela.
No dia combinado, 24 de fevereiro de 2012, Eduvar e Ederson foram até a Estrada Santa Rita, interior do Município de Muitos Capões, pois sabiam que a vítima passaria pelo local, e esconderam o carro em que estavam. O produtor rural estava em reunião com o sócio e mandante de sua morte em uma fazenda cujo acesso se dava exclusivamente pela estrada.
Quando avistaram o carro da vítima se aproximando, a dupla, conforme havia combinado previamente com Borsato, fingiram que precisavam de carona. Ederson e Eduvar entraram no carro e, instantes depois, com o veículo em movimento, atiraram contra a cabeça da vítima.