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Operação Cobertura: oito são denunciados por fraude a concurso público em André da Rocha

Operação Cobertura: oito são denunciados por fraude a concurso público em André da Rocha

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A Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre ofereceu denúncia à Justiça, nesta quarta-feira, 3, contra oito pessoas pela fraude ao concurso público do Edital nº 01/2014 da Prefeitura de André da Rocha, com intuito de aprovar determinados candidatos indicados pela administração municipal. Os denunciados são Maicon Cristiano de Mello (sócio-administrador da empresa IDRH – Instituto de Desenvolvimento em Recursos Humanos Ltda), Ernesto Hattge Filho (que atuou junto a Mello), o então prefeito da cidade, Idair Bedin, e os funcionários aprovados pelo concurso Julio Cesar Verdi, Neusa Cinelli Vuelma, Ronei Mendes Fernandes, Vilson Foscarini e Viviane Gema Peruzzo.

O promotor de Justiça Mauro Rockenbach solicita, como medida alternativa à prisão, que a Justiça de Nova Prata determine a suspensão do exercício de função pública se houver receio de sua utilização para a prática de infrações penais (somente para os aprovados no concurso). A todos os denunciados, o pedido é que seja determinado o comparecimento dos denunciados no Fórum a cada dois meses para informar as atividades, a proibição de ausentar-se da Comarca por período maior de oito dias, a suspensão ou proibição de participar em licitações e o impedimento de contratar com a Administração Pública em qualquer das esferas (Federal, Estadual e Municipal).

O grupo é denunciado por associação criminosa, já que o MP detectou a organização dos oito de forma a fraudar o certame. O crime ocorreu no período compreendido entre maio e junho de 2014. Maicon Cristiano de Mello foi contratado para realizar as provas e recebeu R$ 5 mil do prefeito para trocar o cartão de respostas entregue pelos candidatos para que os apadrinhados políticos fossem aprovados (corrupção passiva e ativa). Ernesto Hattge Filho deu suporte técnico à prática, gerenciando e manipulando documentos e informações. A fraude foi idealizada por Idair Bedin, que procurou Cristiano de Mello, já sabendo da possibilidade de realização do crime. Os concursados agiram ativamente para o ilícito, pois permitiram, dolosamente, a alteração dos cartões de respostas (falsidade ideológica).

Maicon Cristiano de Mello e Ernesto Hattge Filho praticaram condutas semelhantes nos municípios de Restinga Seca, Nova Hartz, Vale Verde, São Jorge, Glorinha, Paraí, Agudo, Nova Palma, Formigueiro, Itapuca, Jacuizinho e Bento Gonçalves.



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