Promotora recorrerá para aumentar pena de réu que tentou matar taxista em Caxias do Sul
A promotora de Justiça Silvia Regina Becker Pinto vai recorrer para ampliar a pena imputada ao réu Jonas Silva Tozzi, vulgo “Alemão”, condenado a dez anos de prisão em regime inicialmente fechado por tentar matar José Alves de Almeida Júnior. Tozzi é reincidente e o crime é considerado hediondo, motivos pelos quais a representante do Ministério Público entende ser baixa a dosimetria da pena.
O crime ocorreu na manhã de 11 de outubro de 2015, em frente à Boate Upside Hall. Júnior estava em seu táxi, aguardando clientes, desarmado e distraído, com os demais colegas, em fila, na saída da casa noturna. Ele foi surpreendido pelo réu, que disparou oito tiros, produzindo lesões gravíssimas. José Júnior teve perda da calota craniana e de massa encefálica, de quase total visão e de parte da capacidade cognitiva. Ele sobreviveu, mas está em uma cadeira de rodas, sob cuidados ininterruptos.
Ao longo do processo, o réu sustentou a tese de inimputabilidade; em memoriais, a tese de negativa de dolo; em interrogatório judicial, a tese de negativa de autoria; e, em plenário de Júri, a negativa de autoria e a negativa de dolo. A defesa postulou o reconhecimento da semi-imputabilidade, pediu o reconhecimento do privilégio da violenta emoção, o afastamento da qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima e, por fim, o erro quanto à pessoa, todas rechaçadas pelos jurados.