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Arroio dos Ratos: testemunhas confirmam que grades dificultaram socorro de vítimas em clínica

Arroio dos Ratos: testemunhas confirmam que grades dificultaram socorro de vítimas em clínica

juarezsn

Em audiência judicial nesta sexta-feira, 31, testemunhas de acusação do processo envolvendo o incêndio em uma clínica de reabilitação em Arroio dos Ratos confirmaram que o local possuía celas que dificultaram o socorro. A instalação de grades no estabelecimento impossibilitou o resgate e ocasionou a morte de oito pessoas. Conforme as necropsias, as mortes ocorreram por inalação de gases irrespiráveis (monóxido de carbono) e carbonização (fogo).

O incêndio aconteceu no Centro de Recuperação e Inserção Social do Dependente Químico Novos Horizontes – CNH, na madrugada do dia 21 de julho de 2016. Durante audiência judicial, dois bombeiros, fiscais do município de Arroio dos Ratos, ex-internos da clínica e a mãe de uma das vítimas confirmaram que foram instaladas grades no estabelecimento, o que impossibilitou a fuga de pacientes no incêndio. O promotor de Justiça de São Jerônimo Fernando Sgarbossa participou da audiência e aponta que a contenção em quartos com grades e cadeados é proibida em comunidades terapêuticas.

DENÚNCIA

Em 2016, a Promotoria de Justiça de São Jerônimo ofereceu denúncia contra Anderson Wagner dos Santos Zottis, André Fuentefria Quadrado, Carlos Augusto Batista, Paulo Ricardo Santos de Souza, Roberto Carlos Lindner Dolejal e Vander Luz Gomes Hernandes, por oito homicídios triplamente qualificados (motivo torpe, meio cruel – com emprego de fogo e asfixia – e recurso que dificultou a defesa das vítimas), uma tentativa de homicídio também triplamente qualificadas (pelas mesmas qualificadoras), cárcere privado (internação em casa de saúde, privação por mais de 15 dias e que resultou às vítimas, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral). Quatro denunciados continuam presos no Presídio Estadual de São Jerônimo. A denúncia foi assinada pelo promotor de Justiça Fernando Sgarbossa.



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