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Caxias: dupla é condenada por assalto e tentativa de homicídio em concessionária

Caxias: dupla é condenada por assalto e tentativa de homicídio em concessionária

marco

O Tribunal do Júri de Caxias do Sul condenou, na sexta-feira, 16, José Davi de Matos e Leonardo Rodrigues à pena de 15 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão e multa para cada réu.

A dupla Davi e Nado - como são conhecidos - foi julgada por roubo duplamente majorado (emprego de arma de fogo e em concurso de pessoas), cinco tentativas de homicídio qualificado contra policiais militares, pois o delito foi praticado para assegurar a vantagem e a impunidade do crime anterior, e por receptação.

No dia 5 de dezembro de 2014, pela manhã, José Davi e Leonardo, ambos armados, ingressaram na concessionária Automotiva Original, localizada na Rua São Paulo, no Bairro Jardim América, município de Caxias do Sul, onde renderam o proprietário, funcionários e clientes do estabelecimento.

No interior da concessionária, subtraíram notebooks, celulares, relógios, dinheiro, cheque e documentos. Os criminosos monitoravam a atividade da Polícia por um rádio comunicador que possuíam sintonizado na frequência da Brigada Militar. Eles fugiram do local antes da chegada da Polícia, no veículo do dono do estabelecimento. Duas viaturas chegaram ao local no início da fuga dando ordem de parada aos assaltantes.

Ainda na Humberto de Campos, José Davi e Leonardo trocaram de veículo com um terceiro que já os esperava para dar cobertura da fuga. Dado o encontro entre assaltantes e brigadianos, os réus atiraram contra os cinco policiais militares que atuavam na ocorrência. Tiago Roberto Rodrigues, Jaqueson Oldani de Souza, Suzéli Machado de Melo, Tiago Rodriguez e Paulo Henrique Inda Della Vecchio, que revidaram os tiros para fazer cessar a agressão. O confronto resultou na morte do terceiro comparsa que aguardava Davi e Leonardo no carro utilizado neste segundo momento.

José Davi, Leonardo e o terceiro já falecido seguiram em direção à Rua Vinte de Setembro. Na altura da Rua Venâncio Aires passaram um sinal vermelho, ingressaram na contramão, e bateram em um contêiner, um Siena e em uma motocicleta, sendo, aí, rendidos pelos policiais militares.

A pistola e o revólver apreendidos com os réus eram objeto de furto e roubo. José Davi admitiu os crimes de roubo e receptação e negou as tentativas de homicídio, pedindo a desclassificação para o delito de resistência. Leonardo negou a participação em todos os delitos.

O Ministério Público irá recorrer para aumentar a pena.

A sessão doe Júri foi presidida pela Juíza de Direito Milene Fróes Rodrigues Dal Bó; a acusação foi feita pela promotora de Justiça Silvia Regina Becker Pinto. José Davi foi assistido pela defensora Pública Cibele Tonin; e Leonardo, pelo defensor Público Cláudio Luiz Covatti.



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