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Círculo restaurativo marca última reunião do ano do Comitê da Bacia do Rio Gravataí

Círculo restaurativo marca última reunião do ano do Comitê da Bacia do Rio Gravataí

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A última reunião ordinária deste ano do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, realizada em Glorinha, foi marcada pela originalidade. Os integrantes do Comitê, que representam a sociedade, usuários da água e poder público, reúnem-se sempre nas segundas terças-feiras de cada mês em um município diferente da Bacia. Na última terça-feira, 13, o Promotor de Justiça Regional da Bacia do Gravataí, Eduardo Coral Viegas, propôs uma atividade diferente, denominada Círculo Restaurativo, que havia sido previamente ajustada com a Presidência do Comitê.

O objetivo do Círculo foi integrar o grupo, avaliar ações positivas concretizadas em 2016 no Comitê de Bacia e verificar o comprometimento dos integrantes para 2017, com o estabelecimento de prioridades, metas e objetivos. Os trabalhos foram coordenados pelos Promotores Eduardo Viegas e Ivana Kist Huppes Ferrazzo, que são facilitadores de Círculos Restaurativos.

“Nada ocorreu no formato tradicional das reuniões do Órgão Colegiado, iniciando pela maneira de posicionamento de todos, que se colocaram em círculo, sem hierarquia ou autoridade, e com peças de centro ao chão, como uma toalha, uma planta, representando a natureza, e uma jarra com água”, contou Viegas. Nesse centro foram dispostos por escrito, em papeizinhos, os valores estabelecidos por cada participante, tais como respeito, solidariedade, ética, comprometimento.

Estabelecidas as diretrizes do Círculo, que representam suas regras de funcionamento, passou-se aos questionamentos principais. Duas perguntas foram formuladas: “O que 2016 deixa de bom na tua vida e que você gostaria de compartilhar com o grupo?; e “Na tua visão, qual ou quais foram os principais avanços da proteção da Bacia ou do trabalho do Comitê em 2016 e, para 2017, qual é o tema prioritário a ser tratado no Colegiado?”.

Conforme o Promotor de Justiça, “cada um falou a seu tempo, em ordem horária, quando o ‘objeto da palavra’ dava o poder de fala à pessoa”. “A experiência foi riquíssima. Pessoas se emocionaram, trouxeram ideias, fizeram sugestões e, sobretudo, se aproximaram como seres humanos”, ressaltou Viegas. O “objeto da palavra” foi um globo mundial pequeno, que demonstra sobretudo a quantidade de água existente no Planeta Terra. Nos Círculos Restaurativos, as pessoas somente podem se manifestar quando recebem o “objeto da palavra”, de modo a que todos falem e ouçam.

A atividade teve início com uma dinâmica de descontração e o “check in”, que consiste na apresentação de cada um, com indicação do nome, órgão que representa e sentimento em face do trabalho proposto. A maioria referiu a curiosidade e a apreensão.

A promotora de Justiça Ivana Huppes descreve que, “ao fim, foi feito o check out, quando os participantes disseram uma palavra do que sentiram, sendo que a mais repetida foi esperança.” Encerrado o Círculo, houve uma integração festiva de final de ano.



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