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Reunião na Câmara Municipal de Porto Alegre debateu adulterações no leite

Reunião na Câmara Municipal de Porto Alegre debateu adulterações no leite

marco

A operação Leite Compen$ado e seus desdobramentos foi tema de reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) na tarde desta terça-feira, 29, na Câmara Municipal de Porto Alegre. A preocupação com as fraudes no leite, com a fiscalização e com a legislação esteve presente nas falas dos representantes das entidades que participaram do encontro.

O promotor de Justiça da Especializada Criminal de Porto Alegre Mauro Rockenbach contou que as investigações começaram em maio de 2013, onde foram encontrados os primeiros indícios de formol e água no leite. Depois, o Ministério Público descobriu o uso de ureia, peróxido de hidrogênio, açúcar, sal e soda cáustica. A fraude consistia em mascarar e recompor o leite velho, para burlar a fiscalização e aumentar os lucros. “Na operação encontramos fraudes em todas as etapas de produção e industrialização. Nós estamos diante de uma cultura criminosa que há muito tempo adultera o lacticínio”, explicou. Segundo o promotor, é necessário “um sistema eficiente de repressão, uma fiscalização permanente e efetiva e uma legislação atualizada e rigorosa”. Falou, ainda, que as penas para as fraudes são muito amenas e as técnicas de adulteração são cada vez mais sofisticadas.

O auditor fiscal federal agropecuário Tiago Charão de Oliveira, diretor dos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros) do Mapa, falou sobre o trabalho de análise laboratorial do leite durante as operações Leite Compen$ado. Disse, ainda, que 90% das amostras analisadas no Rio Grande do Sul são de leite, gerando mais de 1 milhão de análises anuais. “Existe uma indústria da fraude que contrata profissionais qualificados para saber o que ainda não foi pego na fiscalização”, lembrou.

Também participaram da reunião, presidida pelo vereador Thiago Duarte, o secretário municipal de Direitos Humanos, Wilson Pastorini, os vereadores Marcelo Sgarbosa e José Freitas, além de representantes da Vigilância Sanitária e da OAB-RS.



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