Constantina: casal é condenado por planejar e executar morte de advogado
Na última segunda-feira, 28, aconteceu na Comarca de Constantina a sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri de Ione Maria Guimarães e Marcelo Ezequiel Haack, acusados do planejamento da morte do advogado Claudiomiro Romansin, companheiro de Ione. Pelo que restou apurado, o crime foi planejado pelos réus com o objetivo de apoderar-se do patrimônio da vítima.
Ione foi condenada à pena total de 22 anos e dois meses de reclusão, e Marcelo de Oliveira Haack condenado à pena de 19 anos e 10 meses de prisão, ambos em regime inicial fechado, por homicídio duplamente qualificado e corrupção de menor. Ambos responderam o processo presos e tiveram negado o direito de apelar em liberdade. A promotora de Justiça Kátia Regina Griza atuou em plenário sustentando a acusação, nos termos da denúncia.
O crime aconteceu no dia 11 de julho de 2013, pela manhã, no escritório de advocacia da vítima, no centro da cidade de Constantina. Um adolescente entrou no escritório da vítima, alcançou-lhe uma pasta e imediatamente desferiu dez disparos de arma de fogo, dos quais quatro atingiram-no. O advogado Claudiomiro não resistiu aos ferimentos e faleceu a caminho da cidade de Passo Fundo, onde receberia atendimento médico.
A investigação policial, comandada pelo delegado de Polícia Adilson José da Silva, que também foi ouvido como testemunha de acusação em plenário, foi eficiente para desvendar a trama, que culminou na denúncia de seis pessoas e na representação contra o adolescente atirador.
Ione mantinha um relacionamento extraconjugal com Marcelo e, para se apoderar do patrimônio da vítima, encomendou o crime. Marcelo foi o responsável por efetuar os contatos para arregimentar um executor imediato para o crime, envolvendo outras cinco pessoas na empreitada criminosa, que incluiu um presidiário e integrantes da facção dos Bala na Cara, responsáveis por conduzir o atirador até a cidade, bem como o fornecimento da arma do crime.
O crime de homicídio imputado aos réus foi reconhecido pelos jurados como praticado por motivo torpe, mediante a promessa de pagamento oferecida pela ré Ione aos demais envolvidos. Além disso, restou reconhecida a qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima.
Além do casal que fora julgado nesta segunda-feira, ao adolescente envolvido já foi aplicada medida socioeducativa de internação e outros dois envolvidos já foram submetidos a julgamento, também condenados. Restam serem julgados dois dos denunciados, uma vez que o processo original foi cindido.