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Promotoria de Vacaria apoia projeto-piloto para tratamento de esgoto com uso de plantas aquáticas

Promotoria de Vacaria apoia projeto-piloto para tratamento de esgoto com uso de plantas aquáticas

marco

O Ministério Público está acompanhando e apoiando projeto-piloto para tratamento de esgoto sanitário, com utilização de plantas aquáticas, no município de Vacaria.

Conforme o Promotor de Justiça da Comarca, Luis Augusto Gonçalves Costa, a partir da constatação da Patram de que efluentes de esgoto estavam sendo lançados em propriedade particular, o proprietário se propôs a realizar o projeto com auxílio da própria Patram e da Secretaria do Meio Ambiente de Vacaria, como forma de minimizar o impacto produzido pelo efluente sanitário de aproximadamente 500 residências dos bairros Jardim América, Seminário, Mauá e Lindoia.

O sistema de tratamento do esgoto instalado na propriedade é composto por um canal para onde converge o efluente bruto, cujo aspecto físico apresenta cheiro característico forte e coloração turva e acinzentada, de acordo com a coleta realizada no dia 29 de setembro.

A entrada do sistema de tratamento desemboca em lagoas de filtragem, nas quais foi utilizada a planta aquática Eichhornia crassipes, (aguapé). Para a escolha da espécie foi levado em conta o ecossistema do local, pois não são recomendadas plantas de espécies diferentes das identificadas na propriedade, consideradas tecnicamente como invasoras.

Outro canal construído em desnível escoa lentamente e oxigena o efluente tratado depois de passar pelas lagoas. Esse efluente deságua no ambiente sem cheiro, incolor, totalmente transparente, de acordo com a coleta realizada.

O aguapé, planta aquática flutuante, prolifera, em suas raízes, bactérias aeróbias, algas, protozoários, microcrustáceos e larvas de insetos e moluscos, que atuam de forma equivalente ao lodo ativado das estações secundárias convencionais. E vai além, faz também o serviço das estações terciárias que, em geral, não são implantadas devido a seu alto custo.

De acordo com a literatura pesquisada pelos técnicos responsáveis pelo projeto, além de absorver diretamente parte da matéria orgânica solúvel, o aguapé absorve os sais minerais resultantes da decomposição da matéria orgânica oriunda da microvida que abriga.

“Muitas vezes a sociedade prefere acreditar em sistemas que conduzem a altos custos, em gigantescas usinas com tecnologias vendidas a altos preços, ao invés de estudar sobre manejo de ecossistemas locais, o que, conforme demonstra esse projeto piloto, traz grandes benefícios e são tão eficientes quanto aos demais”, destaca o Promotor, que segue acompanhando o andamento do piloto.



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