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PGJ sustenta na AL necessidade de orçamento que preserve autonomia do Ministério Público

PGJ sustenta na AL necessidade de orçamento que preserve autonomia do Ministério Público

marco

Em audiência pública na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira, 9, o Procurador-Geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles, reafirmou a posição do Ministério Público durante a apresentação e discussão do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício econômico-financeiro de 2017, de autoria do Poder Executivo. De acordo com ele, a Instituição já manifestou sua inconformidade com relação à proposta de congelamento do orçamento de todos os Poderes e órgãos de Estado e com a fixação de percentuais no projeto da LDO.

“Faz um ano que assumimos a Procuradoria-Geral de Justiça, e neste período, já fizemos sucessivos cortes em nossas despesas, assim como adotamos diferentes práticas a fim de otimizar recursos. Estamos no limite”. Afirmou, ainda, que o corte no orçamento, da forma como está proposto na LDO, afeta o Ministério Público não apenas administrativamente, mas também a sua independência e autonomia. “A independência financeira da nossa Instituição é uma conquista constitucional, fundamental para sua autonomia”. Completou dizendo que “uma das formas mais efetivas de atacar a independência de um órgão é cortando seu orçamento”.

Também presente na audiência, o Presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Felipe Difini, apresentou dados do Poder Judiciário e manifestou-se de forma contrária ao projeto da LDO apresentado pelo Executivo, destacando, ainda, sua inconformidade quanto à falta de diálogo do Governo com os demais Poderes e instituições de Estado na concepção deste projeto de lei. De acordo com o Desembargador, o Poder Judiciário já devolveu ao Executivo, desde o início deste Governo, 429 milhões de reais, abrindo mão de juros dos depósitos judiciais e deixando de executar parcela de seu orçamento. Ainda externaram sua preocupação com o congelamento previsto na LDO, o Defensor Público-Geral, Cristiano Heerdt e o representante do TCE-RS, Conselheiro Pedro de Figueiredo.

Antes das manifestações, com a intenção de justificar o projeto de LDO para 2017, o Secretário do Planejamento, Christiano Tasch, fez uma explanação sobre a crise macroeconômica e a sua repercussão nas finanças públicas. De acordo com ele, a queda no Produto Interno Bruto para o triênio 2014/2016 chegará a 7,74%, a pior desde que o índice foi criado.

A Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da AL/RS é presidida pelo Deputado Ronaldo Santini, que conduziu a reunião desta quinta-feira. Também integrou a mesa de autoridades o Vice-Presidente da AL/RS, Deputado Adilson Troca, os Deputados Adão Villaverde, Luiz Fernando Mainard e Gabriel Souza, relator do PL 108/2016. O Presidente da AMP, Sérgio Harris, e a Vice-Presidente, Martha Beltrame, acompanharam a audiência.



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