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MP conhece plano de ações da Corsan para saneamento básico integrado no Litoral Norte

MP conhece plano de ações da Corsan para saneamento básico integrado no Litoral Norte

grecelle

Em reunião ocorrida na Promotoria de Justiça de Capão da Canoa nesta sexta-feira, 19, o Ministério Público conheceu o plano de ações da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para o saneamento básico integrado das cidades do Litoral Norte. A curto prazo, a intenção da Companhia é, para a chamada zona crítica (Capão da Canoa, Tramandaí, Imbé e Xangri-Lá), modernizar as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) já existentes e construir duas novas, em Imbé e Capão da Canoa. Nesta cidade, também será feita uma vistoria sobre o esgoto sanitário individual ligado irregularmente ao pluvial, para recadastramento de prédios com tributação irregular.

A apresentação foi feita pelo Diretor-Presidente da Corsan, Flávio Presser; aos Coordenadores do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Daniel Martini; e de Defesa da Ordem Urbanística e Questões Fundiárias, Débora Menegat; e aos Promotores de Justiça Mateus Stoquetti de Abreu, de Capão da Canoa; Camilo Vargas Santana, de Santo Antônio da Patrulha; Márcio Roberto Silva de Carvalho, de Torres; e Leonardo Chim Lopes, de Osório. O Diretor de Expansão da Corsan, Marcus Vinícius Caberlon, explicou as etapas que estão sendo previstas pela Companhia.

A médio prazo, o estudo passa pela construção de um emissário entre Capão da Canoa e Tramandaí, com tubulação mista que recolherá o excedente das lagoas de captação para o lançamento dos efluentes já tratados no Rio Tramandaí, em Imbé. A longo prazo, estuda-se, em conjunto com a Fundação Universidade de Rio Grande (Furg), a construção de um emissário submarino de sete quilômetros para a dispersão do excedente no mar.

Para as praias pequenas, a intenção é que os moradores construam tanques sépticos com filtros e sumidouros, em que a gestão do lodo seja compartilhada. Eles seriam os responsáveis pela implantação, operação e manutenção dos tanques sépticos; as Prefeituras por aprovar, fiscalizar e coletar os lodos – o que pode ser terceirizado – e a Corsan por disponibilizar tratamento adequado.

NOVA REALIDADE

Daniel Martini ressaltou a importância de se pensar na melhoria do saneamento básico a curto prazo. “Vimos a situação do litoral catarinense, em especial por causa do esgoto sanitário. No nosso Litoral Norte a situação é muito melhor, mas exige cautela, pois ainda não é a ideal. Dentro do programa RESsanear, do MP, há o objetivo de colaborar e cobrar dos municípios os projetos de saneamento básico”, reforçou.

Por sua vez, Débora Menegat frisou que será necessária uma conscientização dos Prefeitos e moradores sobre a necessidade de se pensar em soluções conjuntas para evitar problemas futuros. “Nessa emergência sanitária que vivemos em virtude do aedes aegypti, todo cidadão deve entender que também é responsável pelo seu próprio esgoto, colaborar e também cobrar dos gestores municipais o cumprimento da lei”, disse.

Também foram tratados problemas específicos da Comarca de Torres, em especial referentes a Arroio do Sal – que apresenta expansão populacional nos últimos anos –, bem como de Cidreira e Pinhal. Em um apanhado geral, Torres e Capão da Canoa têm 51% de atendimento urbano de esgoto, Tramandaí 26%, Xangri-Lá 24% e Osório 0,4% (a ETE da localidade está pronta, mas fora de operação por uma questão judicial).

O Diretor-Geral da Corsan pontuou que “é preciso discutir soluções progressivas, compatíveis em termos de tarifa e que estejam nos horizontes das possibilidades técnicas e ecológicas. O descuido com a área litorânea traz enormes prejuízos”, disse. , Flávio Presser também frisou que “há uma preocupação com o crescimento populacional global. É preciso maior conscientização da população sobre a necessidade de fazer as ligações individuais à rede de esgoto, mas isso não deve ser uma decisão individual, porque as consequências são coletivas”, alertou.

Participaram da reunião, ainda, o Superintendente da Corsan no Litoral, Rodrigo de Toledo; o Diretor Comercial, Luciano Eli Martin; e o responsável pelo Setor de Meio Ambiente, Gilson Schüssler.



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