Júris mobilizam comunidades de Novo Hamburgo e Canoas
Sílvio César Hanauer, o “Alemão”, 27 anos, que, juntamente com Charles Rafael Martins, o “Zoclinhos”, 24, e mais três menores de idade assassinaram, em Novo Hamburgo, quatro pessoas de uma mesma família, estará sentado no banco dos réus na próxima semana. O júri acontecerá terça-feira, dia 3 de maio, no Fórum de Justiça do município. “Alemão”, que se encontra recolhido no Presídio Central, na Capital, foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de estupro, atentado violento ao pudor e homicídio triplamente qualificado. Como houve cissão do julgamento, “Zoclinhos” deverá ir à júri popular em outra data, ainda não definida. As vítimas foram Marinez Miranda de Barros, 25 anos, sua mãe Maria Noeli Miranda de Barros, 55, a filha Elizabete de Barros Lippert, de 4, e Marta Regina da Silva, de 11 anos, irmã de Marinez, que ainda foi violentada antes de ser morta.
Os crimes ocorreram no dia 15 de dezembro de 2000, na residência da família localizada no Bairro Operário, em Novo Hamburgo. A dupla, na companhia dos adolescentes, invadiu a casa para buscar drogas e armas que pensava existir no local. Após amarrarem todas as mulheres e não encontrando o que procuravam, praticaram o estupro contra a menor de 11 anos, matando-a depois a golpes de facas. Para assegurarem a ocultação do delito de estupro seguido de morte, os invasores também decidiram eliminar as testemunhas. A denúncia será sustentada em plenário pela promotora de Justiça Sílvia Regina Becker Pinto.
CANOAS - Acolhendo integralmente a tese sustentada pelo Ministério Público em plenário, o Tribunal do Júri de Canoas condenou pela prática de três homicídios triplamente qualificados e roubo duplamente majorado, na noite de segunda-feira, dia 25, Marco Aurélio Vargas Baumgarten, denunciado de ser um dos autores das mortes de Valdemar, Volmir e Gerson Smaniotto. O réu foi condenado a uma pena de 33 anos de reclusão. Os assassinatos ocorreram na madrugada de 24 de maio de 2003, no Bairro Mathias Velho. As vítimas foram encontradas executadas dentro de um Chevette, na rua Curitiba, amordaçadas, amarradas com fios de luz e fitas crepes e com várias perfurações de arma de fogo. O promotor de Justiça Sérgio Hiane Harris representou o Ministério Público no plenário. Como o júri também foi cindido, ainda não foi agendado o julgamento dos demais denunciados. (Jorn. Marco Aurélio Nunes).