MP opina pelo pedido de prisão preventiva de donos da boate e integrantes de banda
O Ministério Público de Santa Maria emitiu parecer favorável, nesta quinta-feira, 28, pelo acolhimento de representação policial que pede à Justiça a decretação da prisão preventiva dos proprietários da boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, e dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos.
No parecer, firmado pelos Promotores de Justiça Maurício Trevisan e Joel Oliveira Dutra, o MP sustenta que as autoridades policiais encarregadas da confecção do inquérito policial da 1ª Delegacia de Polícia que versa sobre o incêndio da Kiss e resultados letais e não-letais ocorridos na madrugada de 27 de janeiro, apontam condutas atribuíveis aos quatro representados, alinham fundamentos jurídicos e pedem a prisão preventiva para garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal.
De acordo com os Promotores de Justiça, os proprietários Elissandro e Mauro, ao manterem a boate em funcionamento sem condições de segurança para todas as pessoas que estavam lá no dia do incêndio, submeteram as pessoas “a altíssimo risco na busca de lucro e maximização de proveito econômico do negócio que geriam”.
Já em relação aos dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, os Promotores sustentam que eles, ao usarem, por exemplo, artefato pirotécnico gerador de fogo contra-indicado para ambientes fechados, também foram “movidos na busca de proveito econômico, agindo de modo direto na criação do risco que acabou se concretizando e gerando o incêndio”.
O expediente que versa sobre o incêndio da boate Kiss tramita na 1ª Vara Criminal de Santa Maria.
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