Crime no trânsito: motorista é condenado a sete anos de prisão
Em júri popular realizado na sexta-feira, 26, o Fisioterapeuta Abraão Luís da Rosa foi condenado à pena de sete anos de prisão em regime semiaberto pela morte da Jornalista Maria Angélica Weissheimer Quartierie, ocorrida em setembro de 2006, em Getúlio Vargas. Ele respondeu pelos crimes de homicídio doloso eventual e lesão corporal (causada no esposo da vítima). O Promotor de Justiça Adriano Luís de Araújo representou o Ministério Público em plenário. O júri foi presidido pelo titular da 1ª Vara Criminal, Juiz de Direito Antonio Luiz Pereira Rosa.
O crime foi cometido no Km 55 da ERS 135, em Getúlio Vargas. Na oportunidade, ao realizar uma ultrapassagem em local proibido, Abraão Luís da Rosa invadiu a pista contrária com sua caminhonete e colidiu contra o veículo no qual estavam Álvaro Martinellie (condutor) e sua esposa Maria Angélica Weissheimer Quartieri. Conforme os autos de necropsia, a Jornalista teve morte instantânea, no local do acidente, e seu esposo sofreu lesões corporais de natureza gravíssima.
Para defender a tese de que o acusado assumiu o risco de matar, o Promotor Adriano Luís de Araújo atuou amparado nas provas técnicas da perícia e nos depoimentos das testemunhas. “Não viemos aqui fazer jurisprudência, mas temos um homicídio, não um acidente de trânsito” definiu. Segundo ele, laudos periciais comprovaram que Álvaro Martinelli viajava a 87 km/h. Utilizando fotografias, o representante do MP mostrou aos jurados que a perícia não encontrou nenhum sinal indicando batida na traseira da caminhonete do acusado, conforme versão apresentada por ele. Adriano de Araújo também apresentou vídeos com matérias veiculadas sobre o caso. “A gênese do ocorrido está na velocidade excessiva do condutor da caminhonete, que era de 146 km/h, segundo apurou a perícia” disse.
