Condenação de Paulão confirma repúdio da sociedade
"A condenação se reveste de particular importância, uma vez que o réu, já reconhecido como líder de uma facção criminosa que explora o tráfico de entorpecentes na Capital pela 7ª Vara Criminal, tem sua condenação agora também reconhecida pelo Tribunal do Júri, o que confirma o repúdio da sociedade a este tipo de conduta, já que se trata de homicídio praticado no contexto do crime organizado e do tráfico de drogas". A declaração é do Promotor de Justiça André Martinez, que trabalhou pela condenação de Paulo Ricardo Santos da Silva, o Paulão, 53 anos.
O traficante foi sentenciado a uma pena de 15 anos de prisão por mandar matar um desafeto dentro do Presídio Central. Márcio Fernando Tavares Dutra, 33 anos, que executou o apenado, recebeu uma pena de 16 anos. A sessão presidida pela Juíza Cristiane Busatto Zardo, durou 15 horas. Iniciou às 10h de quinta-feira e encerrou às 2h de sexta-feira.
A vítima, Adão Jorge Pacheco, 53 anos, foi encurralado no corredor da enfermaria do estabelecimento penal e recebeu 18 estocadas de faca. No júri popular o executor confessou o crime, mas alegou legítima defesa. Paulão negou qualquer participação. O Promotor sustentou a denúncia de homicídio qualificado por motivo torpe para ambos os réus.