Alquimia: MP renova parceria com entidade beneficente em Pelotas
O Ministério Público, através do Projeto Alquimia, renovou sua parceria com o Instituto de Menores Dom Antônio Zattera, localizado na cidade de Pelotas. O aditivo ao Termo de Cooperação foi assinado nesta segunda-feira, 3, na sede das Promotorias de Justiça do Município e contou com a presença do Procurador-Geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Eduardo de Lima Veiga.
O objetivo da parceria é o aproveitamento de resíduos sólidos de equipamentos eletroeletrônicos, máquinas caça-níqueis e afins oriundos das apreensões da Força-Tarefa de Combate aos Jogos Ilícitos. “O Instituto foi a primeira entidade do Interior a fazer parte do Projeto Alquimia, ainda em 2009. Hoje, estamos renovando essa parceria de sucesso”, disse o PGJ em sua manifestação na cerimônia.
A Promotora de Justiça Maria Fernanda Pitrez falou sobre a importância e os benefícios do Projeto Alquimia para a sociedade. “Sabemos que as máquinas caça-níqueis são o crack da jogatina e esperamos que este ato sirva de alerta para continuarmos o combate aos jogos ilícitos”. Ela destacou, ainda, a qualidade do trabalho desenvolvido pelo Instituto Dom Antônio Zattera na educação e inclusão social de crianças e adolescentes.
O Presidente do Instituto, Francisco Neves da Silva, apresentou algumas imagens da sede da entidade para mostrar as melhorias da estrutura física oriundas da parceria com o Projeto Alquimia. “Estamos organizando uma área só para desmonte com a intenção de contabilizar todos os equipamentos doados e sua destinação, como uma prestação de contas ao Ministério Público”.
O INSTITUTO
Instituição com cunho filantrópico, fundada em 3 de julho de 1924, na época denominada Associação Protetora dos Meninos Desvalidos, o Instituto de Menores Dom Antônio Zattera atende hoje 123 crianças em vulnerabilidade social dos 6 aos 18 anos. O atendimento ocorre no turno inverso ao da escola, suprindo as necessidades de alimentação, saúde e vestuário de seus alunos, proporcionando em especial, apoio pedagógico, orientação profissional, e instrução para a vida sócio afetiva e religiosa.
O Projeto Alquimia é desenvolvido em quatro oficinas:
Marcenaria: elaboração de móveis e minimóveis, tendo como matéria-prima madeiras retiradas das máquinas “caça-níqueis”;
Informática: montagem de computadores e centros de informática com peças eletroeletrônicas das máquinas “caça-níqueis”;
Artesanato: acabamento dos produtos produzidos nas oficinas de marcenaria e serralheria;
O ALQUIMIA
Entre os anos de 2010 e 2011, a Força-Tarefa de Combate aos Jogos Ilíticos do MP apreendeu mais de R$ 1 milhão que foram revertidos para mais de 40 instituições parceiras. Também foram doados, no período, mais de 400 computadores.
O Projeto Alquimia visa o reaproveitamento de componentes eletrônicos e demais materiais (madeira, vidro, metais) extraídos das máquinas caça-níqueis apreendidas em operações desencadeadas pela Força-Tarefa de Combate aos Jogos Ilícitos. O principal objetivo do projeto é assegurar uma destinação ambiental adequada às máquinas apreendidas, com aproveitamento integral dos equipamentos, ao mesmo tempo em que se viabiliza a inclusão social, por intermédio do Programa Socioambiental de Recondicionamento e Reciclagem. No processo de reaproveitamento e de reciclagem de bens, a inclusão social é realizada com a participação de jovens em situação de risco social (jovem aprendiz), dependentes químicos em fase de reabilitação (laborterapia) e apenados.
Participaram da solenidade de renovação do Termo de Cooperação do MP com o Instituto de Menores Dom Antônio Zattera o Diretor do Foro da Comarca de Pelotas, José Antônio Dias da Costa Moraes; o Promotor de Justiça, Paulo Roberto Charqueiro; os Defensores Públicos Valen Obelar e Gabriela Vaz; o Delegado da Polícia Federal, Rafael Mardini e a Secretária Municipal de Cidadania e Assistência Social, Elisabeth Marques Dias.
