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Academia Rio-Grandense de Letras ocupará espaço no Palácio do MP

Academia Rio-Grandense de Letras ocupará espaço no Palácio do MP

marco

A partir de agora, a Academia Rio-Grandense de Letras ocupará espaços no Palácio do MP, na Praça da Matriz. A utilização do prédio foi chancelada com a assinatura do Termo de Convênio para Cessão de Salas pela chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, promotora de Justiça Isabel Barrios Bidigaray, e pelo presidente da Academia, Sérgio Augusto de Borja. A solenidade ocorreu na noite desta terça-feira, 3.

“O Palácio do Ministério Público é um local histórico, e com os nossos novos hóspedes, será também um espaço para marcar na história gaúcha a arte, a poesia e a literatura”, disse Isabel Bidigaray. Para ela, essa é uma forma de agradecer os importantes legados que a Academia de Letras tem deixado para o Rio Grande do Sul.

O presidente Sérgio Augusto de Borja destacou a importância da cessão. “Esta é uma infraestrutura belíssima, onde faremos, a cada primeira terça-feira do mês, saraus e reuniões abertas ao público. Essa cessão provisória é o ponto de partida que o MP nos dá para que, no futuro, possamos conquistar nossa sede definitiva”, ponderou. No local, a Academia Rio-Grandense de Letras também realizará oficinas literárias, cursos de oratória e os encontros oficiais dos confrades.

O vice-presidente da Academia, Avelino Alexandre Collet, fez uma homenagem especial à Isabel Bidigaray, que teve a iniciativa de ceder o espaço. “O gesto demonstra o quanto a Instituição dedica seu devotamento às artes e à cultura”, saudou.

HOMENAGEM À MILA CAUDURO

Durante a cerimônia, houve um recital de poesias, proclamadas por Collet e pela poetisa Ruth Telles. Depois, o poeta e escritor Alcy Cheuiche fez uma homenagem à Mila Cauduro, falecida em abril de 2011, aos 95 anos. Mila foi presidente da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul e secretária estadual de Cultura entre 1991 e 1994. Política, novelista, contista e romancista, Mila Cauduro era filha do genealogista João Pinto da Fonseca Guimarães e de Alice Tavares Guimarães, e viúva do conselheiro do Tribunal de Contas Raul Cauduro, que morreu em 1995.

Mila Cauduro recebeu a Medalha da Academia Brasileira de História e a Medalha Cidade de Porto Alegre em 1986, a Medalha Negrinho do Pastoreio, em 1999, e foi a primeira estrangeira a receber a Medalha de Prata do Instituto Lourenço de Médici, da Itália.

Entre as publicações estão Chuva miúda, em 1957 (contos); Carta marcada, em 1958 (romance); Além do Silêncio, em 1968 (novela); Tempos depois, em 1972 (novela); O lar judaico, em 1976 (ensaio); A política é um dever, em 1977 (ensaio); Socialismo moreno, em 1983, Vida Partidária, em 1984 e A revolução feminina, em 2003.

Conforme o panegírico de Alcy Cheuiche, Mila Cauduro foi a primeira a elevar a voz pela anistia no Brasil durante a ditadura militar, em 6 de janeiro de 1977, na Praça da Matriz, em Porto Alegre.

PRESENÇAS

Estiveram presentes, também, o secretário Estadual da Cultura, Luiz Antônio de Assis Brasil, o desembargador do Tribunal de Justiça do RS, Clarindo Favreto, o defensor público estadual Fábio da Costa Néri, a representante da OAB Itamara Duarte Stockinger, o presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Mauro Zacher, além de membros da Academia Rio-Grandense de Letras, agentes culturais, integrantes de ONGs, entre outros.



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