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Crimes que comoveram o Rio Grande será lançado na Feira do Livro

Crimes que comoveram o Rio Grande será lançado na Feira do Livro

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Uma obra que retrata quatro dos mais propalados crimes que sacudiram a opinião pública do Rio Grande do Sul entre as décadas de 30 e 40, será lançado neste sábado na Feira do Livro de Porto Alegre. "Crimes que comoveram o Rio Grande" resgata dos empoeirados escaninhos judiciais quatro importantes atuações de Promotores de Justiça em procressos criminais. Floriano Maya D'ávila, Paulo Moraes Dutra, Henrique Fonseca de Araújo e Luiz Lopes Palmeiro atuaram pela promotoria do Ministério Público desvendando fatos e denunciando o envolvimento dos acusados.Fazem parte do livro, o Processo Gaffrée, crime que comoveu a cidade de Bagé em Novembro de 1944. Naquele ano ocorreu o assassinato do Dr. Valter Aguiar, um médico baiano, chefe do serviço de radiologia da Santa Casa daquela cidade. O também médico Cândido Gaffrée foi o principal acusado de ser o mandante do crime, em função de divergências nos serviços médicos naquela Santa Casa. O autor do crime foi Salustiano Miéres, homem rudimental, peão-soldado, tendo participado de movimentos revolucionários na República do Uruguai e na Revolução de 1923. O caso Gaffrée teve repercussão nacional e internacional, ocupando as páginas dos jornais do Uruguai e na Argentina. As características caudilhescas e coronelistas de que se revestiu o crime foram as principais causas da comoção gerada no Rio Grande do Sul. Atuou no crime o promotor Floriano Maya D’ávila, procurador-geral do Estado em 1962. Pela defesa atuou o advogado Itiberê de Moura.Outro fato retratado no livro ficou conhecido, na fronteira, como o Caso Carus. Revela o assassinato do fazendeiro Otácilio Carus através do uso de arsênico encontrado em seu intestino. Crime ocorreu em Alegrete em 1949. A principal acusada foi a esposa, Alice Carus. O veneno era colocado no chimarrão. Atuou pelo Ministério Público o Dr. Paulo Moraes Dutra.O Caso Creso revela o protótipo do autoritarismo. Aconteceu em Passo Fundo no ano de 1937. Na vigência do Estado Novo, o jovem Valpírio Dutra da Cruz, recruta recém egresso do exército, foi encontrado degolado no quilômetro 350 da estrada de ferro de Passo Fundo. A degola, presente na memória coletiva rio-grandense, chocou todo o Estado. O principal acusado foi o Tenente-Coronel Creso de Barros Jorge Monteiro. Comandante do 3º Batalhão do Exército e interventor municipal em Passo Fundo, nomeado pelo Estado Novo, teria mandado assassinar Valpírio Dutra em função de ciúmes de sua amante. Os autos sumiram em duas ocasiões, indicando interferências políticas no desenrolar dos processos. Atuou como acusador o promotor Henrique Fonseca de Araújo, que exerceu a função de Procurador-Geral de República entre 1976 e 1981.O útlimo caso resgatado nesta obra é o assalto ao pagador da Viação Férrea, em Porto Alegre, no ano de 1931, resultando na morte do guarda José Goulart. O crime revela uma Porto Alegre em processo de urbanização após a revolução de 1930, já enfrentando o grave problema da violência urbana. Após crime semelhante ocorrido em Curitiba, são presos e acusados João Papst Filho e Rudolfo Kindermann. O caso Papst ficou conhecido com o Crime do Caminho Novo. Atuou como acusador o promotor Luiz Lopes Palmeiro, fundador da Associação do Ministério Público.O livro Crimes que comoveram o Rio Grande foi organizado pelo Memorial do Ministério Público através de documentos que fazem parte do acervo histórico da instituição. É organizado pelos historiadores Álvaro Walmrath Bischoff, Gunter Axt e o Procurador de Justiça, Ricardo Vaz Seelig, coordenador do Memorial do Ministério Público. O lançamento, neste sábado, dia 08 de novembro, 18h30min, será no Moeda Bar e Restaurante no prédio do Santander Cultura junto a praça da Alfândega onde acontece a 49' Feira do Livro.



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