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Centros de Apoio do MP visitam aterro sanitário em Minas do Leão

Centros de Apoio do MP visitam aterro sanitário em Minas do Leão

marjulieangonese

Integrantes dos Centros de Apoio Operacionais do Meio Ambiente (Caoma) e da Ordem Urbanística (Caourb) visitaram, na manhã desta segunda-feira, 5, a Central de Resíduos do Recreio, conhecida como aterro sanitário, entre Minas do Leão e Butiá. Estiveram presentes as coordenadoras do Caoma, procuradora Marta Leiria Leal Pacheco, e do Caourb, promotora Josiane Brasil Camejo. A visita faz parte do Projeto Integrado de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos (RESsanear), cujo objetivo é auxiliar os municípios a se adequarem à Lei Nacional de Saneamento.

O diretor-presidente da SIL Soluções Ambientais Ltda., Carlos Weinschenck de Faria, e o gerente operacional da empresa, Adriano Locatelli da Rosa, apresentaram o espaço onde são depositados os resíduos de 140 municípios gaúchos, que representam 34% da população do Rio Grande do Sul. A área, de 500 hectares, tem Licença de Operação da Fepam para receber 90 mil toneladas por mês e vida útil de mais 23 anos. O aterro iniciou as atividades em 2001. Neste ano, até agora, recebeu 1,050 milhão de toneladas provenientes da coleta domiciliar, um aumento de 10% em relação a 2010.

Os resíduos chegam em caminhões 24 horas por dia e são depositados em valas abertas pela mineração de carvão mineral. Antes desse processo, cada espaço recebe três camadas de argila compactada, uma de areia e uma manta de polietileno, para evitar a poluição do solo. Conforme os diretores da SIL, não há lençóis freáticos no terreno. O chorume, efluente produzido pela degradação do lixo, é canalizado até uma espécie de lagoa e, em seguida, é levado para uma Estação de Tratamento de Efluentes. A água é utilizada na limpeza do carvão.

A degradação dos resíduos gera gás metano, que também é canalizado até um sistema de queima que utiliza sopradores, painéis e o flair, uma torre que queima o gás. A SIL estuda a utilização do metano para a elaboração de Gás Natural Veicular (GNV) e também para a produção de energia elétrica – por meio de biodigestores.

Cada tonelada custa entre R$ 30 e R$ 45 para os municípios. Porto Alegre, por exemplo, envia 42 mil toneladas por mês para o aterro. “O ideal seria que os municípios se organizassem para dar a destinação final por conta própria, em vez de venderem seus resíduos. Porém, sabe-se que isso exige planos a longo prazo, com continuidade e investimentos tecnológicos pesados”, analisou Marta Leiria Leal Pacheco.

Por sua vez, Josiane Camejo entende a visita como muito importante para que se conheça as alternativas para solucionar o problema que se tornou o resíduo sólido urbano. “Em que pese seja uma solução para parte dos municípios, o ideal é que haja educação para que a população faça a separação adequada dos resíduos e a destinação final correta. Metade do que é jogado fora poderia ser reaproveitado. O mais importante seria que a sociedade produzisse menos lixo e reduzisse o consumo desenfreado”, destacou.



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