Júri condena mais um no caso envolvendo disputa por sindicato
Terminou à 1h desta madrugada, na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Alegre, o julgamento do último dos participantes no caso envolvendo a disputa da direção do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, nas eleições que ocorreriam no final de dezembro de 2001. Sentado no banco dos réus estava Marcelo da Rosa Leal, que acabou condenado a pena de seis anos e seis meses pela tentativa de homicídio qualificado e dois anos pela formação de quadrilha. Atuaram no plenário o promotor de Justiça David Medina da Silva e a juíza Laís Ethel Corrêa Pires.
O fato ocorreu na madrugada de 4 de dezembro de 2001, quando o sindicalista André Ângelo Behle, ao sair para o trabalho e caminhava pela Rua da República, foi atingido por três disparos. Após investigação policial, cinco pessoas foram indiciadas e, depois, denunciadas por tentativa de homicídio duplamente qualificado, formação de quadrilha ou bando armado pelo Ministério Público. Quatro foram levadas à júri popular em março deste ano e uma impronunciada. César José Pedroso Pureza e os irmãos Carlos e Luciano Siqueira Vianna, foram condenados. Contudo, a pedido do Ministério Público, o réu Luciano foi absolvido da imputação de tentativa de homicídio qualificado, sendo condenado por formação de quadrilha ou bando armado. Ao recorrerem, tiveram as sentenças confirmadas pelo Tribunal de Justiça.
Foi apurado que o crime foi motivado pelo fato de César e Carlos quererem manter o status que possuíam no Sindicado dos Municipários de Porto Alegre, uma vez que César era presidente há várias gestões e, Carlos era seu braço direito. Já Marcelo e Luciano, eram empregados e responsáveis pela segurança dos primeiros. A vítima era candidato na eleição à presidência do Sindicato e havia impetrado quatro ações judiciais contra César.
(Jorn. Marco Aurélio Nunes).