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Congresso faz balanço do Direito Ambiental no Brasil

Congresso faz balanço do Direito Ambiental no Brasil

"O Brasil, apesar da aparente abundância de água, enfrenta sérios problemas de poluição hídrica, cuja solução é extremamente cara, o que enfatiza a necessidade de uma maior ação preventiva, mediante a atuação integrada dos responsáveis pela tutela jurídico-ambiental na gestão dos recursos hídricos, garantida a participação popular na tomada de decisão". Este é um dos principais pontos da Carta de Gramado, lida nesta sexta-feira, no final do III Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente e do II Encontro Regional do Instituto O Direito por um Planeta Verde.

O evento, que homenageou o ecologista José Lutzenberger, foi realizado no Hotel Serrano, em Gramado, e reuniu 300 participantes dentre operadores do Direito e especialistas da área preocupados com a preservação do meio ambiente. As conferências de encerramento foram de Antônio Herman Benjamin, procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo e professor convidado da Universidade do Texas, e Cláudio Langone, secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente.

A palestra de Benjamin abordou o "Direito Ambiental: Uma Chance para o futuro", onde fez um balanço do Direito Ambiental no Brasil, analisando o progresso da política nacional ao longo dos 20 anos de vigência. Considerou que a Lei 6938/81 representou um marco legislativo, já que instituiu a responsabilidade civil por danos ambientais e consagrou o princípio da precaução, ao disciplinar o licenciamento ambiental para o exercício de atividades geradoras de impactos ambientais. Benjamin vê um Ministério Público "ativo e organizado, criando Promotorias de defesa do ecosistema e alcançando uma revolução no Direito Ambiental". Langone falou sobre as "Perspectivas para a Tutela do Meio Ambiente no Brasil", discorrendo sobre a estruturação e organização nacional na área, calcada na nova proposta do Ministério do Meio Ambiente.

Durante o último dia do congresso, ocorreram três painéis: "Meio Ambiente Urbano", "Comércio e Meio Ambiente" e "Setor Produtivo, a Iniciativa Privada e o Meio Ambiente". A promotora de Justiça paulista Cláudia Beré, ao examinar "A Experiência do Ministério Público na Regularização Fundiária", disse que a solução do problema "não passa apenas pelo Ministério Público, mas também pelos poderes". Já a gerente de Normatização e Avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, Letícia Rodrigues da Silva, ao tratar das "Alterações no Registro de Agrotóxicos Frente ao Acordo Mercosul", ventilou a possibilidade de risco que o Brasil corre de "usar produtos vindos de outros países sem o devido registro".

No evento também foi assinado um convênio entre o Ministério do Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça do Brasil. O acordo visa estreitar as relações para possibilitar que cada estado formalize outros convênios específicos na área do meio ambiente.



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