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Jornalistas abordam aspectos da Legalidade no Palácio do MP

Jornalistas abordam aspectos da Legalidade no Palácio do MP

marco

O Ministério Público promoveu uma programação especial aos 50 anos da Legalidade, na tarde da sexta-feira, 2, no Palácio do Ministério Público, com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre o ato histórico e seus reflexos com as atribuições constitucionais da Instituição.

A LEGALIDADE E OS PARTIDOS POLÍTICOS

O ex-procurador-geral de Justiça Lauro Pereira Guimarães fez um apanhado histórico citando os movimentos e formação dos partidos políticos que ocorreram no país desde a década de 1940. Em sua abordagem, analisou especialmente a criação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), além de mencionar detalhes dos perfis do ex-governador Leonel Brizola e do ex-presidente João Goulart.

JORNALISTAS DESTACAM ESTRATÉGIA

No primeiro painel da tarde, conduzido pelo secretário-geral do MP, Julio Cesar Finger, os jornalistas Jayme Keunecke e Carlos Bastos, que fizeram a cobertura da Legalidade, enfatizaram Brizola como estrategista. Para Keunecke, “a Legalidade foi o maior movimento épico do Rio Grande do Sul”, porque foi realizada para defender a Constituição e as leis. “A Legalidade foi o único movimento, na América Latina, em que um civil conseguiu evitar um golpe militar patrocinado por três ministros militares”, agregou Carlos Bastos, referindo-se à atuação de Brizola. “É bom assinalar sempre um evento que defende o cumprimento da lei, das regras e da Constituição”, resumiu o jornalista.

SUPERAÇÃO DE DIFERENÇAS

No segundo painel, intermediado pelo promotor Michael Schneider Flach, o comendador Antônio Ávila, que foi amigo e secretário de João Goulart, contou detalhes de sua vivência no Movimento da Legalidade. Citou, por exemplo, como deixou o Rio de Janeiro após a renúncia de Jânio Quadros e chegou a Porto Alegre, onde foi escolhido por Brizola para algumas missões. Uma delas foi a ida até o Uruguai, de carro, juntamente com um jornalista que puxava de uma perna (assim como Goulart). Segundo ele, tudo não passou de uma isca, pois o ex-presidente, na realidade, veio para Porto Alegre de avião e a ideia era realmente despistar a sua vinda.

Já o professor Gervásio Neves que na época trabalhava como jornalista, compartilhou também detalhes do que vivenciou naquela época. “A Legalidade foi um movimento da alma gaúcha”, afirmou Neves. Ele sublinhou ainda que, no episódio, a unidade em torno da causa superou diferenças partidárias.

PRESENÇAS

Segundo o procurador-geral de Justiça em exercício, Ivory Coelho Neto, o Ministério Público “cumpriu o seu dever” ao difundir o Movimento da Legalidade. Ele abriu e encerrou os trabalhos. Todos os debatedores foram homenageados pelo Ministério Público com uma placa comemorativa.

A programação foi prestigiada ainda com a presença do subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Administrativos, Daniel Sperb Rubin; do presidente da AMP, Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto; do presidente da Fundação Escola Superior do MP, Mauro Souza; do desembargador José Carlos Teixeira Giorgis, que coordena o Memorial do Judiciário; da chefe de Gabinete, Isabel Bidigaray; da secretária dos Orgãos Colegiados, Marília Goldman; do procurador de Fundações, Antônio Carlos de Avelar Bastos; do diretor do CEAF, Mauro Fonseca Andrade; da procuradora do Estado, Patrícia Cibils; dos ex-procuradores-gerais de Justiça, Roberto Bandeira Pereira e Mauro Henrique Renner; do vice-presidente da AMP, Sérgio Harris; de Procuradores, Promotores, servidores e público em geral.



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