Constatadas mais irregularidades na Câmara de Vereadores de Erechim

Apenas nos primeiros dois meses deste ano, o Ministério Público de Erechim já ajuizou cinco denúncias criminais e quatro ações de improbidade administrativa envolvendo irregularidades praticadas na Câmara de Vereadores. O trabalho iniciou no ano passado, sendo integrada uma força-tarefa entre o Ministério Público e o Tribunal de Contas a partir de setembro, que perdurará até o término das investigações. A força-tarefa analisa ilicitudes cometidas na Câmara entre os anos de 1999 e 2002. Até o momento, foram protocoladas no Fórum de Erechim nove ações penais e 10 ações de improbidade.Ao todo, as denúncias descrevem 89 fatos criminosos. Restaram denunciados cinco membros e servidores do Legislativo e sete empresários. A primeira ação criminal já teve sua instrução encerrada. O Presidente da Câmara de 1999 está preso preventivamente desde 6 de setembro de 2002, enquanto o Presidente de 2000 e 2002 está com a prisão decretada desde 26 de setembro de 2002, mas continua foragido.Os principais crimes descritos pelo Ministério Público são peculato, extravio e sonegação de documento, concussão, falsidade documental, crime de responsabilidade fiscal, coação no curso do processo e formação de quadrilha. Dentre as medidas cautelares determinadas pelo Poder Judiciário estão as decretações de inúmeras prisões, expedição de mandados de busca e apreensão, proibição de empresário contratar com o poder público, quebras de sigilos bancário e fiscal.