Operação Portão: vereador preso tem hábeas negado pelo STF
O vereador de Portão José Roque Arenhart, detido durante a Operação Portão, desencadeada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil em abril do ano passado, teve o pedido de habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal. Ele está detido há um ano na Penitenciária Modulada de Osório, acusado de lavagem e associação para lavagem de dinheiro. No dia 6 de maio terá prosseguimento, no Fórum da cidade, a oitiva de testemunhas do caso.
OPERAÇÃO PORTÃO
A Operação Portão foi deflagrada com o objetivo de desarticular uma quadrilha acusada de praticar tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no Vale dos Sinos. Além do vereador, que no dia da ação foi preso em flagrante pelo porte de um revólver com numeração raspada, também foi detido o traficante Eli Fidélis Correa, vulgo Lica, que também permanece preso.
A quadrilha era investigada desde 2008. Por meio de interceptações telefônicas e quebra de sigilo fiscal e bancário dos suspeitos foi constatado o envolvimento de Correa, que legalizava os recursos oriundos da venda de crack e cocaína comprando imóveis e veículos. De acordo com o promotor de Portão, Marcelo Tubino, o valor dos bens que ele possuía eram incompatíveis com a renda.
Segundo a denúncia do Ministério Público, teria havido lavagem de dinheiro na arrematação de um imóvel da Fundação Hospitalar de Portão, no valor de R$ 660 mil. As provas dão indícios de que um laranja foi contratado por José Roque Arenhart e mais um empresário para a operação.