Policial civil é denunciado por violação do sigilo funcional
O Ministério Público denunciou nesta quarta-feira, 23, Ricardo Prates Zanchi, que, na função de policial civil, utilizou indevidamente o Sistema de Consultas Integradas da Secretaria Estadual de Segurança Pública. Conforme auditoria da Chefia da Polícia Civil, em um período de 15 dias, ele acessou ou facilitou o acesso de pessoas não autorizadas ao sistema 1.315 vezes, enquanto todos os demais usuários da corporação (2.722), realizaram, no mesmo período, 213 acessos.
De acordo com o promotor de Justiça Renoir da Silva Cunha, Ricardo Zanchi pesquisou, entre outros, testemunhas de um inquérito da Corregedoria da Polícia Civil, no qual ele e outro policial constavam como investigados, tendo sido inclusive presos. Também foram monitoradas outras pessoas sem qualquer ligação com investigações policiais. Mesmo após sua suspensão e prisão, Zanchi continuou permitindo pesquisas por pessoas não autorizadas, através de sua senha.
Renoir destaca o profícuo trabalho da Polícia "que, através de suas Chefia e Corregedoria, identificou e apurou o delito, tendo inclusive suspendido o policial durante a investigação".
Zanchi responderá pelo crime de violação do sigilo funcional, com o agravante de ter causado danos à Administração Pública, uma vez que atingiu a credibilidade e a segurança do sistema de informação policial. Em caso de condenação, a pena máxima poderá chegar a seis anos de prisão, além de multa.