Ministério Público discute, em seminário, o uso de drogas

Um iniciativa do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, em parceria com o Poder Judiciário, para o tratamento de usuários e dependentes químicos pode servir de exemplo para que seja desencadeada uma ação nacional, com uma nova filosofia de trabalho nesta área. É o projeto RS Sem Drogas, que visa a uma Justiça Terapêutica, tendo como um dos principais objetivos criar uma abordagem jurídico-social para os operadores do Direito no dia a dia, que possibilite que o infrator drogado ou aolcoolista, em determinadas situações, não vá para a prisão, e sim, faça tratamento, reintegrando-os à vida social comum, através de uma rede de atendimento.O trabalho teve origem por experiências na área da Infância e da Juventude desde o final de 1990, começo de 1991, acentuando-se em 1998 com o programa Consciência e com a Justiça Instantânea em Porto Alegre, vindo a desenvolver-se em 1999 com o projeto RS Sem Drogas, que envolve parceiros de vários segmentos profissionais e institucionais.O Ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General Alberto Mendes Cardoso, vem a Porto Alegre acompanhar o andamento do Projeto. Ele participa como palestrante do 4º Seminário de Capacitação para o Enfrentamento da Problemática das Drogas, que acontece na sede do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, no dia 23, a partir das 8h30min, dirigido a 46 Promotores de Justiça em estágio probatório com ingresso recente à carreira, e a 11 Promotores Corregedores.O Projeto que visa a Justiça Terapêutica tem o apoio da Secretaria Nacional Antidrogas – SENAD, da Associação Nacional de Profissionais de Programas Judiciais para Dependentes Químicos, da International Association of Droug Court Professionals, e contará com a participação de técnicos do Ministério, já que o Ministro tem em seu Gabinete atribuição nacional para as políticas e ações dirigidas ao enfrentamento dos problemas das drogas.