Ministério Público prepara diagnóstico sobre transplantes no Rio Grande do Sul
O Ministério Público, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos (CAODH), está desenvolvendo um diagnóstico sobre captação e transplantes de órgãos e tecidos no Rio Grande do Sul. O objetivo é identificar a situação em que se encontram os hospitais e os desafios a serem superados para tornar mais ágil e eficiente o processo, desde a captação até o transplante.
Para isso, questionários estão sendo enviados trimestralmente aos 67 hospitais gaúchos habilitados para captação de órgãos e tecidos. O levantamento será feito ao longo de um ano e a ideia é que, até o final de 2011, os dados apurados sirvam para fomentar novas políticas públicas para esta área no Estado. “Vamos identificar falhas no sistema para estudar, junto à Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, soluções, e torná-las efetivas”, explica o coordenador do CAODH, promotor Francesco Conti.
As estatísticas de doações de órgãos e tecidos no Rio Grande do Sul vem chamando a atenção: há seis anos que o Estado, que já foi líder no país, apresenta redução no número de doações. Hoje o Rio Grande do Sul ocupa o 6º lugar, com uma média de 10,4 doadores efetivos para cada um milhão de habitantes, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos.
Em maio do ano passado, o Ministério Público lançou a campanha "Abra as portas do seu coração: doe mais". A ação integra o programa Portas Abertas do MP. Desde então, a Instituição vem trabalhando junto às autoridades de Saúde, representantes de entidades e direção de hospitais alternativas para incentivar a prática da doação de sangue, órgãos e tecidos, além de melhorar a rede de atendimento no setor.
