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MP e Polícia vistoriam Sinos para identificar origem da mortandade

MP e Polícia vistoriam Sinos para identificar origem da mortandade

npianegonda
Uma massa de carga poluidora de aproximadamente 70 quilômetros de extensão está descendo o rio e causando a morte dos peixes

Em mais um dia de trabalho para identificar as causas da mais recente mortandade de peixes no rio dos Sinos, o Ministério Público e a Polícia Civil realizaram novas diligências nas proximidades do rio e vistoriaram o aterro sanitário de Sapiranga. Técncicos do Instituto Geral de Perícias (IGP) identificaram que houve estravazamento de chorume no ponto. “Nós não podemos afirmar que esta foi a causa da mortandade, mas acreditamos que isso teve contribuição para o problema”, explica o Promotor Regional de Defesa do Meio Ambiente. Segundo Daniel Martini, o problema será averiguado em um inquérito civil instaurado na Promotoria de Sapiranga e também deverá gerar um termo de ajustamento de conduta para que o problema seja solucionado. A Delegacia de Proteção do Meio Ambiente também irá apurar o caso.

Nesta quinta-feira, 2, técnicos do MP e do IGP, além de equipes do Comando Ambiental da Brigada Militar, percorreram o rio e realizaram novas medições do nível de oxigênio na água e os índices foram considerados alarmantes: 0,17 miligrama de oxigênio por litro de água na divisa entre Campo Bom e Novo Hamburgo, insustentável para a sobrevivência dos peixes. Em Sapiranga, onde nesta quarta o registro foi de 0,4 mg/l, nesta quinta passou para 5 mg/l, o que indica melhora da qualidade da água. Os níveis observados estão entre os mais baixos já registrados no Sinos.

“Isso demonstra que há uma grande massa de carga poluidora que está descendo o rio. Estimamos que ela tem cerca de 70 quilômetros de extensão, quase metade da extensão do rio, que é de 190 quilômetros”, relata o biólogo do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), Jackson Müller, afirmando que esta é uma mortandade distinta das já registradas. A situação preocupa porque indica que a mortandade permanecerá. “Hoje essa massa chegou a Esteio. Percorreu 30 quilômetros em um dia. E está seguindo no sentido contrário ao da piracema, o que agrava a situação, carregando em si algo que consome o oxigênio da água”, reitera o biólogo.

Novas amostras foram coletadas e serão submetidas a análise. Também deverão ser solicitados relatórios do monitoramento da água bruta por parte das companhias de saneamento da bacia.

Conforme Daniel Martini, o MP e a Dema permanecem percorrendo as imediações do rio dos Sinos para identificar pontos de despejo de resíduos. Nesta sexta-feira, 3, as equipes que estão atuando na investigação do caso deverão se reunir para traçar novas estratégias para execução do trabalho.



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