MP realiza evento contra a corrupção nesta semana
O Brasil está muito mal colocado no ranking dos países mais corruptos do mundo. O custo econômico anual da corrupção no país, de acordo com dados da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), supera R$ 60 bilhões. Ainda segundo estudo feito pelo coordenador da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcos Fernandes, a perda de produtividade provocada por fraudes públicas no Brasil atinge a casa de US$ 3,5 bilhões por ano. Fernandes, a propósito, explica que o prejuízo foi calculado com base em dados do Banco Mundial (Bird) sobre educação e investimentos de 109 países, além de índices de percepção de corrupção da organização não-governamental Transparência Internacional.
Preocupados com estes dados e com as realidades gravíssimas que eles retratam, o Ministério Público Estadual e a Escola do MP/RS, em parceria com a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), através da Escola de Governo, Banrisul, Consultoria em Direito Público (CDP), e Instituto de Defesa da Concorrência (ICDE), além de outras entidades apoiadoras, realizam, nos dias 9 e 10, na sede do MP, evento para debate sobre o tema “corrupção”. O ato se insere na campanha nacional do MP denominada “O que você tem a ver com a corrupção?”.
O palestrante de abertura do encontro será o governador eleito Tarso Genro, que abordará o tema “Controle Público e Controle Social da Corrupção: um diálogo possível”. O evento também contará com a participação, entre outros, do ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro, Rodrigo Pimentel; do ator Werner Schünemann e da doutora em Psicologia da Educação, Maria Alice Setubal.
Organizador do evento, o promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Porto Alegre, Cesar Faccioli, ressalta que 9 de dezembro é o Dia Internacional contra a Corrupção e, nesta data, o Ministério Público e os parceiros do projeto ambicionam produzir ampla e multifocal reflexão sobre o tema, fomentando a identificação das causas concomitantes dessa patologia social, do seu custo social e, ao final, produzir ementas propositivas na busca de efetividade no enfrentamento do problema. “Não apenas na dimensão punitiva, tradicional, mas, notadamente, na perspectiva pedagógica, através do uso da educação como ferramenta de construção de uma nova cidadania, emancipada e intolerante à corrupção”, destaca.
Confira aqui a programação completa do encontro.
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