MP propõe retorno do consulado americano à capital gaúcha
O ex-embaixador dos EUA no Brasil, James Ferrer, comprometeu-se a intermediar, junto ao Departamento de Estado norte-americano, a volta do consulado daquele País a Porto Alegre. O anúncio foi feito durante audiência com a procuradora-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Simone Mariano da Rocha, na manhã desta sexta-feira, 1º de outubro. Atualmente, os Estados Unidos possuem apenas uma Embaixada em Brasília, uma representação consular em Manaus e consulados (com serviço de emissão de vistos) em Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. O consulado da Capital gaúcha foi fechado, por determinação do então presidente George W. Bush, no início dos anos 2000, alegadamente para redução de gastos do governo.
James Ferrer esteve na sede do Ministério Público gaúcho, acompanhado pelo procurador de Justiça, Ricardo de Oliveira Silva, fazendo um balanço da participação dos membros da Instituição no Projeto Minerva, uma iniciativa do Departamento de Estado norte-americano, que já propiciou aperfeiçoamento para mais de 400 brasileiros, com noções sobre negócios e políticas públicas. “Temos tido um retorno excelente de parte dos nossos convidados”, afirmou o diplomata. A Procuradora-Geral de Justiça elogiou o trabalho desenvolvido pelo Projeto Minerva e os cursos, ministrados pela Universidade George Washington, na Capital Federal dos Estados Unidos. “É uma iniciativa que aproxima os dois países, não apenas no campo do Direito, mas também em outras áreas”, afirmou.
Ao final do encontro, Simone Mariano da Rocha solicitou a intermediação de Ferrer para o retorno do Consulado dos Estados Unidos a Porto Alegre, “reconhecendo os longos anos de convivência e parceria que sempre marcaram a presença norte-americana em território gaúcho e a importância econômica do nosso Estado”, argumentou. O diplomata dispôs-se, então, a encabeçar o movimento para a volta da representação dos EUA à Capital. “Vou pessoalmente levar o assunto ao Departamento de Estado com uma forte recomendação”, prometeu Ferrer.
Também participaram da audiência o corregedor-geral do MP, Antônio Armando Lotti, o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Júlio Almeida, e o promotor de Justiça, Luís Felipe Tesheiner.