Justiça determina apreensão de cães com diagnóstico de leishmaniose em Santo Ângelo
A pedido do Ministério Público, a Justiça determinou, em caráter liminar, a busca e apreensão de dois cães portadores da doença leishmaniose visceral canina em Santo Ângelo, no noroeste do Estado. A decisão autorizou também a prática de eutanásia, para impedir a disseminação do parasita.
Conforme a promotora de Santo Ângelo, Paula Regina Mohr, a ação cautelar foi necessária porque, apesar da tentativa de negociação com o proprietário dos animais para que entregasse os cães para a Vigilância Sanitária, ele se negou, mesmo após a confirmação da doença, feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública, ligado à Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps).
A leishmaniose é uma doença crônica que ataca principalmente cães, é transmissível ao ser humano e pode ser fatal se não for tratada. A transmissão acontece por meio da picada do inseto conhecido como mosquito palha ou birigui. Por determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cães com a doença devem ser sacrificados de forma não cruel, uma vez que não há tratamento que garanta a eliminação do parasita dos animais. “Como não há esta garantia, há risco da contínua disseminação da doença. Além disso, os animais não estavam sendo submetidos a tratamento”, explica a Promotora.
A liminar foi cumprida pelos agentes da Vigilância Sanitária na tarde da terça-feira e os cães foram submetidos à eutanásia.