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Promotor de Santa Rosa é brutalmente assassinado

Promotor de Santa Rosa é brutalmente assassinado

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Tiros de revólver calibre 38, efetuados à queima-roupa, interromperam a vida do Promotor de Justiça Marcelo Dario Muñoz Küfner, 33 anos, de Santa Rosa. O autor dos disparos foi o soldado-PM do Batalhão da Brigada Militar da cidade, Heitor José Ávila, 27 anos, que, preso em flagrante, foi encaminhado ao 1º Distrito de Polícia Regional de Santa Rosa para ser autuado. O flagrante foi lavrado e o brigadiano, que possui antecedentes criminais, será recolhido a um estabelecimento prisional.

O crime aconteceu na primeira hora desta sexta-feira, dia 14, após uma ocorrência de trânsito. O Promotor de Justiça, que atuava na área criminal e apenas há dez dias tinha assumido suas funções na Comarca, havia tomado posse dia 5 de março deste ano, em Porto Alegre, após passar no concurso para ingresso na carreira do Ministério Público. Marcelo acabou sendo baleado pelo policial quando deixava, perto da 1h da madrugada, a sede da Promotoria de Justiça, depois de organizar processos que iria trabalhar. Na tarde desta quinta-feira, mostrando-se muito feliz com os desafios da carreira, prestigiou a cerimônia de inauguração da Promotoria de Justiça de Giruá.

Ao embarcar no seu Astra estacionado no pátio da sede do Ministério Público, situada na esquina da avenida Rio Branco, Marcelo ouviu um estrondo, desceu do carro e atravessou a rua ao verificar o Monza de placas AAC-1786 colidido contra uma árvore. Uma viatura da Brigada Militar chegou em seguida e, notando o estado em que se encontrava o motorista, se identificou como Promotor e pediu ao sargento que atendia a ocorrência que encaminhasse o cidadão para exame de teor alcóolico.

O sargento reconheceu o motorista, que estava à paisana, como policial militar, e perguntou se estava armado. Neste momento, Heitor sacou um revólver calibre 38, pertencente à BM, e desferiu dois balaços contra o Promotor que tombou. O sargento ainda tentou segurá-lo, mas o motorista acabou descarregando o revólver, acertando mais três tiros.

Toda a Administração Superior do Ministério Público que estava na região para a solenidade de inauguração da Promotoria de Justiça de Espumoso, está em Santa Rosa acompanhando o desenrolar das investigações. O Presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Ivory Coelho Neto, também está na cidade. O Procurador-Geral de Justiça, Roberto Bandeira Pereira, taxou o fato como "gravíssimo", pois o brigadiano é um agente público que "deveria estar preparado para defender a sociedade". Além da arma pertencente à Corporação, o PM estava portando uma pistola Magnum 357.

O Chefe do Ministério Público disse, ainda, que o assassinato foi cometido "de forma brutal" e a Instituição aguardará tranqüilamente a conclusão do inquérito policial que, posteriormente, será remetido à Justiça. Roberto Bandeira Pereira adiantou, também, que levará ao Governo do Estado a preocupação do Ministério Público. "O caso ultrapassa os limites do que se pode imaginar de mais absurdo. Este agente foi covarde e estava totalmente despreparado para exercer suas funções, trazendo perigo para a comunidade", concluiu. O Promotor Marcelo era solteiro e natural de Porto Alegre. (Jorn. Marco Aurélio Nunes)



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