Novos profissionais da saúde são contratados para o IPF
Em cumprimento a um termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público e o Executivo do Rio Grande do Sul, foram contratados, em caráter emergencial, 80 novos profissionais da área da saúde que atuarão no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF). A previsão é que os servidores comecem a trabalhar em aproximadamente 15 dias. São 22 médicos psiquiatras, sete médicos clínicos, três enfermeiros, um farmacêutico, sete terapeutas ocupacionais e 40 técnicos de enfermagem. A contratação está publicada no Diário Oficial do Governo do Estado de 14 de maio.
Conforme Cynthia Jappur, da Promotoria de Controle e Execução Criminal, as contratações são fundamentais para o atendimento aos pacientes do IPF. Segundo ela, a medida cumpre um dos itens do TAC, firmado em 28 de janeiro de 2009 para melhorar a assistência no Insituto. De acordo com a Promotora, que fiscaliza a execução do termo, outros itens estão sendo cumpridos, como a reforma do pavilhão A do IPF. Outra medida que deve ser executada pelo Governo do Estado é a construção de residenciais terapêuticos, casas para abrigar egressos do Instituto Psiquiátrico Forense.
O assunto foi debatido em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 17, entre a promotora Cynthia Jappur, representantes do Tribunal de Justiça, das Secretarias da Segurança Pública e da Saúde, da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) e da direção do IPF. Ao todo devem ser construídas 23 casas com capacidade para abrigar seis pessoas cada. O espaço destinado as unidades é um terreno que pertence ao IPF, no bairro Partenon, em Porto Alegre.
Conforme o diretor administrativo do IPF, Luís Fernando da Silveira, hoje muitas pessoas que tiveram alta e que perderam vínculo familiar não têm para onde ir, e permanecem abrigadas no Instituto. A instituição, hoje, abriga 370 internos e atende outros 180 pacientes que não residem no local.
Também participaram da reunião, representando a Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas (VEPMA), o juiz Clademir Missaggio e a psicóloga Adriana de Mello; da SSP, o delegado Antônio Padilha; representantes da Susepe, Itamar Andrade dos Santos, Janaína Carvalho Peres e Afonso Auler; e Vera Sebben, Flávia Moraes, Andréa Oliveira Isaias e a médica psiquiatra Assunción Costa Caputti Filha, da Secretaria Estadual da Saúde.
