Cachoeira do Sul: condenados por morte de professor
Dois acusados de envolvimento na morte do professor Érico da Luz Ribeiro, ocorrida em fevereiro de 2002, em Cachoeira do Sul, foram condenados em júri popular. João Ismael Leão Colbeich e Cláudio Daniel Bittencourt Forrati foram sentenciados, respectivamente, a 18 anos e seis meses e a 19 anos de reclusão por homicídio qualificado. A sessão foi realizada no Fórum da Comarca e durou cerca de 26 horas. O crime causou comoção na comunidade.
O julgamento, que teve início às 9h30min de quinta-feira, 22, foi presidido pelo juiz Ângelo Furian Pontes. O Ministério Público foi representado no plenário pelos promotores Valdoir Bernardi de Farias, de Tapera, e Leonardo Giardin de Souza, de Encantado. O advogado da família, Antônio Carlos Porto, atuou como assistente de acusação.
O defensor público José Salvador Cabral Marks, que fez a defesa de Forrati, anunciou que entrará com recurso de apelação. Forrati está preso preventivamente na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Raphael Raffaeli, defensor de Ismael, também assegurou que recorrerá da sentença, por acreditar que as provas contra seu cliente são inconsistentes. O réu está em liberdade.
A ex-mulher de Érico Ribeiro, Juliana Colbeich, e a sua mãe, Ana Lira da Silva Colbeich, também são acusadas de envolvimento no homicídio e serão julgadas no dia 19 de maio. A acusação também será feita pelos promotores Valdoir Bernardi de Farias e Leonardo Giardin de Souza.
CRONOGRAMA DOS FATOS
No dia 1º de fevereiro de 2002, Ribeiro teria ido na casa da ex-esposa Juliana Colbeich para visitar a filha, onde permaneceu pela manhã, mas depois a mulher sugeriu que ele voltasse no domingo, às 14h. No horário marcado, o professor foi à residência e não encontrando ninguém, se dirigiu à casa da ex-sogra Ana Lira Colbeich da Silva. Lá, teria sido dominado por Ciro Cerveira e outros e, posteriormente, amarrado por Cláudio Forrati. No mesmo dia, seu carro foi encontrado na rodovia rumo a Rio Pardo, com marcas de tiros nas portas.
No domingo, dia 10, a Polícia encontrou o corpo do professor, amarrado e amordaçado, próximo à ponte do Rio Botucaraí. No mesmo dia, os policiais encontram na casa de Ana Lira material que comprovaria que lá seria o local onde Érico fora inicialmente abordado. Foi apurado, ainda, que Ciro Cerveira, apontado como executor do assassinato, teria saído em liberdade condicional, quando desferiu o disparo que matou Érico Ribeiro. Ciro faleceu no decorrer do processo.
Sandro Alex, que teria acompanhado Cláudio Forrati para desovar o carro do professor, será julgado separadamente e não há previsão quanto à realização do júri.