Caso Eliseu: Promotores oferecem denúncia de homicídio
Um mês depois da entrega à Justiça do inquérito policial que apurou a morte do ex-secretário de Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, o Ministério Público ofereceu denúncia, mas não por crime de latrocínio – matar para roubar, mas sim por homicídio qualificado. A peça acusatória contra mais cinco implicados no fato, além dos outros três já indiciados e presos pela Polícia Civil, é assinada pelos promotores de Justiça Lúcia Helena Callegari, Eugênio Paes Amorim, Jorge Alberto dos Santos Alfaya e André Gonçalves Martinez, que atuam perante à 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. A denúncia criminal foi recebida nesta quinta-feira, 1º de abril, pela juíza Elaine Maria da Fonseca.
Eliseu Santos, 63 anos, foi assassinado a tiros na noite de 26 de fevereiro, no bairro Floresta, quando saiu acompanhado da mulher e da filha de um culto religioso e embarcava em seu carro, que estava estacionado na rua Hoffmann. De acordo com os Promotores de Justiça, o crime foi cometido por motivo torpe, com a utilização de meio que pode causar perigo comum, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade em outro crime.
A denúncia discorre que os envolvidos foram motivados por vingança, tendo em vista que um deles perdeu seu cargo em comissão junto à Secretaria Municipal da Saúde, bem como uma empresa de vigilância e segurança a qual outros denunciados, sócios, tiveram o contrato finalizado, acabando a empresa por fechar, ficando, ainda, valores a serem recebidos e bloqueados para pagamento dos funcionários.
As prisões preventivas pedidas pelo MP e decretadas pela Justiça estão sendo cumpridas neste momento. Nelas, consta a descrição dos fatos resultantes da apuração efetuada pela Polícia e complementada pelo Ministério Público.