MP recorrerá da absolvição dos réus pela morte de corretora
O Ministério Público vai recorrer da absolvição dos três réus julgados pela morte da corretora de seguros Renata Alves Neves, de 30 anos, ocorrida em janeiro de 2008, na Capital. “Nosso entendimento é de que o resultado do julgamento é manifestamente contrário às provas dos autos”, explica a promotora de Justiça Josiene da Silva Menezes, que representou o MP no júri popular, realizado nesta segunda-feira, 8.
Segundo Josiene Menezes, o Ministério Público tem convicção de que o crime foi cometido a mando do auditor Jader Branco Cavalheiro, esposo da vítima, e executado por José Luís Feijó Martins, o “Urso”. O servidor do Tribunal de Contas do Estado teria mandado matar a mulher por não estar disposto a dividir seus bens com Renata, mãe de uma filha dele, e de quem estaria prestes a se separar. A Promotora ressalta que ele mantinha com a vítima um relacionamento conflituoso, marcado por agressões físicas e psicológicas.
Durante o julgamento de ontem, o Ministério Público pediu a desclassificação para o crime de favorecimento do delito cometido por Rafael Luiz de Brito Martins, filho de Urso. Isso porque a sua participação se deu após o cometimento do assassinato. Josiene explica que ele lavou e retirou as impressões digitais do veículo no qual foi cometido o crime.
O CRIME
A denúncia narra que Urso atacou Renata a mando de Cavalheiro. Ela foi morta a tiros dentro de seu Meriva, na Praça Japão, quando falava com sua mãe pelo celular. A corretora de seguros havia saído à noite de casa para fazer compras em uma farmácia e, a pedido do marido, entregaria R$ 50 para Urso, homem conhecido de Cavalheiro. O dinheiro seria para quitar uma dívida. No dia seguinte, o corpo da corretora, alvejado com três tiros, foi encontrado sobre o banco do carona do automóvel. Ela estava amarrada e amordaçada, e sua bolsa havia desaparecido.
