Menu Mobile

Caso Becker: Promotor enaltece trabalho de investigação

Caso Becker: Promotor enaltece trabalho de investigação

marco
Em coletiva concedida à Imprensa, Eugênio Amorim afirma que o inquérito policial tem elementos suficientes para garantir a responsabilização dos réus

O Ministério Público não recorrerá do indeferimento das prisões preventivas solicitadas à Justiça para os oito envolvidos diretamente na morte do vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), Marco Antônio Becker, 60, ocorrida em dezembro do ano passado. O anúncio foi feito pelo promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim que, na tarde desta quarta-feira, 30, concedeu entrevista coletiva à Imprensa para detalhar a investigação policial que culminou com a denúncia do Ministério Público um ano depois do crime.

Para Amorim, que atua interinamente no caso, a decisão da juíza Elaine Maria Canto da Fonseca, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, “não interferirá no trâmite e no mérito do processo”. O representante do Ministério Público sustentou a denúncia de homicídio triplamente qualificado, recebida pela Justiça, e ainda elogiou o trabalho da Polícia Civil que durante doze meses recolheu não só provas testemunhais, mas usou ferramentas de inteligência essenciais para chegar aos autores do crime. “Há elementos contundentes no processo para responsabilizar os réus”, frisou Amorim, citando como exemplo escutas de conversas telefônicas, extratos de ligações e trocas de mensagens via celular na véspera e após o assassinato de Becker, “que comprovam as relações entre parte dos envolvidos no episódio”.

MOTIVO

A denúncia do Ministério Público narra que o crime foi praticado por motivo torpe, tendo em vista que Bayard iria ser julgado em 11 de dezembro de 2008 em procedimento junto ao Conselho Regional de Medicina, em que a vítima era Vice-Presidente, a respeito de sua cassação como médico. “Bayard responsabilizava Becker por estar sendo investigado e com a morte do oftalmologista acreditava que poderia ser absolvido no Cremers”, disse Eugênio Amorim.

Para o MP o homicídio também foi cometido mediante emprego de “meio que pode resultar em perigo comum”, porque os executores desferiram vários disparos de pistola em plena via pública, local em que há estabelecimentos comerciais e fluxo de veículos. O delito ainda foi praticado mediante “recurso que dificultou a defesa da vítima”, que foi surpreendida dentro do seu carro pelos dois homens que tripulavam uma moto.

DENUNCIADOS

Além do andrologista Bayard Fischer Santos, acusado de ser o mandante da execução, foram denunciados mais sete pessoas implicadas diretamente no homicídio: o traficante Juraci Oliveira da Silva, o “Jura”, que teria agenciado o crime; Moisés Gugel, ex-assistente do médico e que seria o elo de ligação com “Jura”; Michael Noroaldo Garcia Camara, o “Tocha”, e Anderson Roberto Farias Bones, o “Kiro”, que tripulavam a moto e executaram a vítima; Paulo Ricardo Machado, o “Ferramenta” e Paulo Roberto da Silva Caldeira, que auxiliaram no planejamento da execução de Becker, e Fabiano Silva do Nascimento, o “Fio”, que tinha ligações com o grupo do traficante “Jura”. Este último, foi morto em uma emboscada após a conclusão do inquérito policial sobre o caso. Também foram denunciados pelo MP dois homens e uma mulher por falso testemunho e uma outra mulher por falsidade ideológica.



USO DE COOKIES

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul utiliza cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação.
Clique aqui para saber mais sobre as nossas políticas de cookies.