Operação Alquimia recolhe mais de 700 caça-níqueis em Porto Alegre
Desencadeada na tarde desta terça-feira, 8, a Operação Alquimia cumpriu 42 mandados de busca e apreensão e recolheu, aproximadamente, 700 máquinas caça-níqueis em Porto Alegre. Participaram da ação, coordenada pela Força-Tarefa de Combate aos Jogos Ilícitos do Ministério Público e pela Policia Civil, os promotores de Justiça José Francisco Seabra Mendes Júnior e Sônia Eleni Corrêa Mensch e o delegado Gerson Mello, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana. Aproximadamente 150 policiais foram mobilizados para a operação. Todas as máquinas recolhidas foram encaminhadas para o depósito da Polícia Civil.
Somente em oito estabelecimentos no bairro Azenha, foram recolhidas 218 máquinas e um valor aproximado de R$ 4,2 mil. De acordo com o promotor José Francisco Seabra, o objetivo da operação, realizada no Dia da Justiça, é evidenciar à população que os caça-níqueis são ilícitos. “Além disso, reprimir é fundamental, pois na maioria das vezes a jogatina está associada a outras atividades criminosas, como o tráfico de drogas”.
Os proprietários dos estabelecimentos vistoriados assinaram termos cirscunstanciados. José Francisco Seabra explica que a eles será oferecida uma transação penal, com pagamento de multa e prestação de serviços comunitários. “Além disso, é importante frisar que essa transação só pode ser oferecida uma vez e que é condição fundamental para que ela seja feita a perda dos bens e valores apreendidos”, explica.
A preparação para a Operação Alquimia teve duração de um mês. Inicialmente, a Policia Civil realizou o levantamento dos locais onde se encontravam as máquinas. Logo após, o Ministério Público formulou os pedidos e a Justiça expediu os mandados de busca e apreensão. Em um terceiro momento, foi organizada a logística para o recolhimento dos caça-níqueis, realizada com a utilização de seis caminhões.
RESULTADOS OBTIDOS EM 2009
Nesta quarta-feira, 9, às 14h, um balanço das operações realizadas pela Força-Tarefa de Combate aos Jogos Ilícitos e pela Polícia Civil em 2009, visando a apreensão de caça-níqueis na Capital será apresentado durante coletiva à Imprensa. A entrevista acontece no Auditório Marcelo Küfner, na sede do Ministério Público. Participam o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luiz Carlos Ziomkowski; o promotor José Francisco Seabra Mendes Júnior; e o diretor do DPM, delegado Gerson Mello.
Na oportunidade, também serão apresentados os resultados referentes ao Projeto Alquimia. Lançado em julho de 2008, possibilita a transformação de componentes utilizados nas máquinas caça-níqueis apreendidas pela Força-Tarefa de Combate aos Jogos Ilícitos do Ministério Público e pela Polícia Civil em computadores – doados para escolas e instituições carentes -, artesanatos e móveis. A ideia surgiu da necessidade de se dar uma destinação útil e que não agredisse ao meio ambiente ao grande número de máquinas apreendidas.