Ação conjunta do MP e BM mira traficantes de drogas
As comunidades do Campo da Tuca e da Bom Jesus, em Porto Alegre, foram acordadas na manhã desta quinta-feira pela maior ação policial empregada até agora para destruir uma organização criminosa que age com tráfico de entorpecentes. O alvo número um era Juraci Oliveira da Silva, o “Jura”, que se encontra foragido do sistema penitenciário e é um dos gerentes do tráfico de cocaína e crack no Campo da Tuca, no bairro Partenon.
A operação “Tuca”, desencadeada pelo Ministério Público e a Brigada Militar, eclodiu às 7h e mobilizou 750 homens dos Batalhões de Operações Especiais (BOE) da BM da Capital e de Passo Fundo. A equipe de agentes da Especializada Criminal de Porto Alegre foi comandada pelo promotor de Justiça Ricardo Herbstrith. Foram cumpridos 90 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão.
Os agentes conseguiram efetuar 14 prisões. Outros dois implicados no tráfico de drogas foram capturados há duas semanas. Grande quantidade de cocaína, crack e armas foram apreendidas, assim como mais de 20 veículos. A concentração maior de agentes ocorreu nas vilas Campo da Tuca, Bom Jesus, Cachorro Sentado e Cruzeiro. Mas a ação ainda teve desdobramentos nas cidades de Imbé e Osório, no Litoral Norte, e em Garopaba, Santa Catarina.
Ricardo Herbstrith sublinhou que as investigações duraram 11 meses, junto com a Inteligência da BM. Durante esse período foram apreendidos 150 quilos de cocaína e crack. O Promotor de Justiça ressaltou que a operação “deu um golpe importante para desestabilizar o financiamento da organização”. Os capturados na ação policial “são atacadistas”, frisou Herbstrith, que “abasteciam traficantes que atuam no varejo”. A droga é originária do Paraguai e da Bolívia.