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Crime por encomenda começa a ser julgado no Tribunal do Júri

Crime por encomenda começa a ser julgado no Tribunal do Júri

marco
Mulher de comerciante de carros e seu companheiro organizaram o crime que teve a participação de mais três implicados. Bens da vítima motivou assassinato

Um crime encomendado pela própria mulher da vítima será julgado nesta quinta-feira, 22, a partir das 9h, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. Lúcia Antunes dos Santos está presa no Madre Pelletier e recorreu da pronúncia junto com Júlio César de Mattos, também denunciado pelo Ministério Público. Outro implicado no assassinato morreu, há dois meses, no Presídio Central de Porto Alegre. Contudo, a cissão do processo fará com que Enio Jefferson Becker dos Santos, 26, um dos mandantes do crime, e Henrique César Fernandes, 20, um dos executores, enfrentem o júri popular. No plenário, a promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari sustentará a denúncia de homicídio triplamente qualificado.

O revendedor de automóveis Ricardo de Matos Oliveira foi morto na madrugada de 14 de dezembro de 2007, dentro da residência, no bairro Aberta dos Morros, na Zona Sul. O homicídio foi encomendado por Lúcia e seu companheiro Enio, que pagaram cerca de R$ 10 mil e ainda prometeram um carro e uma moto aos executores. O Ministério Público entende, ainda, que o crime foi cometido por motivo fútil, tendo em vista que a vítima tinha patrimônio e com sua morte parte dos bens iria para a mulher. A execução ainda foi praticada mediante recurso que dificultou a defesa. Ricardo Oliveira foi surpreendido dentro do quarto e foi alvejado com vários disparos.

Niclesio Freitas Fernandes, que morreu em agosto deste ano no Presídio Central de insuficiência respiratória, verificou onde a vítima morava e participou da execução junto com Henrique Fernandes. Júlio César Soares auxiliou na negociação da morte do revendedor de automóveis e assegurou a fuga dos companheiros do local do fato, além de ter recebido parte dos valores prometidos na empreitada criminosa. Conforme a denúncia do MP, Lúcia e Enio organizaram tudo. Ambos explicaram aos executores os hábitos da vítima, forneceram cópia da chave da casa, desligaram o alarme e providenciaram para que o portão estivesse aberto.



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