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Subprocurador-Geral Administrativo concede coletiva em Passo Fundo

Subprocurador-Geral Administrativo concede coletiva em Passo Fundo

grecelle
Na oportunidade ele defendeu Promotores de Justiça que atuaram no caso que determinou afastamento de vereador do Município

“O Ministério Público não tem coloração política e não tem porque se comprometer com este ou aquele partido. Está, sim, a serviço da sociedade”. A frase do subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Administrativos, Delmar Pacheco da Luz, foi proferida durante coletiva de Imprensa em Passo Fundo, nesta terça-feira, 29. A entrevista foi concedida para rebater manifestações do vereador Marcio Luiz Tassi, que na última quinta-feira retornou ao cargo por decisão do Tribunal de Justiça e criticou a atuação do MP e do promotor de Justiça Gílson Medeiros no caso.

Delmar Pacheco da Luz lembrou aos jornalistas que o Ministério Público de Passo Fundo foi um dos primeiros a desencadear campanha em defesa da probidade administrativa. “Nossa Instituição sabe que esse trabalho deixa muita gente desconfortável e atinge detentores de mandatos políticos. Porém, essa é uma das responsabilidades do MP”. O Subprocurador aproveitou para manifestar apoio irrestrito à atuação de Gílson Medeiros e dos demais Promotores de Justiça da região.

“A sociedade de Passo Fundo sabe a que veio e o que está fazendo o Ministério Público”, frisou Delmar. Ele também salientou que a Instituição não cederá a qualquer tipo de pressão. “Se alguém acha que irá nos constranger através de bravatas está enganado. Sabemos de nossas responsabilidades e daremos sequência ao nosso trabalho, sempre dentro do que determina a Lei”.

Também presente à coletiva, o promotor de Justiça Gílson Medeiros esclareceu aos jornalistas que a investigação contra o vereador teve início em 2005, com o uso de interceptações telefônicas e apreensão de documentos no gabinete de Tassi. “Quatro Promotores de Justiça atuaram no processo, que já conta com 856 folhas”. Medeiros revelou que o Ministério Público irá responder à decisão da Justiça que determinou o retorno do vereador ao cargo. Ele também informou que não pretende “descambar para o debate político de um tema que deve ser analisado tecnicamente”.

O CASO

No início do mês, Marcio Luiz Tassi, e seu assessor, José Volmir Lagranha dos Santos, foram afastados de seus cargos. A decisão atendeu pedido liminar em ação civil pública por atos de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público. Segundo a ação, ficou comprovado que o vereador, em diversas oportunidades, cobrou valores para facilitar a obtenção de licença para as chamadas provas automobilísticas de arrancadão junto aos órgãos competentes da Prefeitura Municipal.

Além disso, fazendo uso da estrutura pessoal e patrimonial que o exercício do cargo concede, Tassi encarregou seu assessor de confeccionar recursos administrativos de multas de trânsito aplicadas pela Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal e Guarda de Trânsito Municipal. Assim, o afastamento cautelar foi requerido com o intuito de evitar a continuidade dos atos de improbidade. Na última quinta-feira, o Tribunal de Justiça julgou agravo de instrumento impetrado por Tassi e determinou seu retorno ao cargo.



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