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Projeto Alquimia é ampliado para Pelotas

Projeto Alquimia é ampliado para Pelotas

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Termo de cooperação com entidade que atende crianças entre seis e 18 anos dá início ao processo de regionalização à iniciativas do MP

Ao firmar termo de cooperação com o Instituto de Menores Dom Antônio Zattera (Imdaz), nesta quarta-feira, 23, em Pelotas, o Ministério Público deu início ao processo de regionalização do Projeto Alquimia – Transformando Caça-Níqueis em Inclusão Social. A procuradora-geral de Justiça, Simone Mariano da Rocha, assinou o acordo, juntamente com o presidente do Imdaz, João Francisco Neves da Silva.

Lançado em julho de 2008, o Projeto Alquimia transforma componentes utilizados nas máquinas caça-níqueis apreendidas pelo Ministério Público, Polícia Civil e Brigada Militar em computadores – doados para escolas e instituições carentes -, artesanatos e móveis. A ideia surgiu da necessidade de se dar uma destinação útil e que não agredisse o meio ambiente ao grande número de máquinas apreendidas nas operações desencadeadas.

Em uma breve saudação aos participantes da solenidade, realizada na Biblioteca do Imdaz, a Chefe do Ministério Público destacou que o Projeto Alquimia efetiva a transformação social. “Fundamentais são estas parcerias, pois as instituições públicas irmanadas podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida das comunidades”. A Procuradora-Geral de Justiça também salientou que a iniciativa do Ministério Público tem servido para o resgate da cidadania de um grande número de pessoas.

A expectativa do Presidente do Instituto de Menores Dom Antônio Zattera é que a parceria com o Projeto Alquimia possa transformar as crianças e adolescentes atendidas pela entidade, “mantendo-as fora das drogas, com uma boa formação e dando a elas capacidade de disputar vagas no mercado de trabalho”. De acordo com João Francisco Neves da Silva, o restante da comunidade também será beneficiada, pois receberá jovens capacitados para realizar diversas atividades.

O coordenador da Força-Tarefa de Combate aos Jogos Ilícitos, promotor de Justiça José Francisco Seabra Mendes Júnior, explicou que o projeto foi concebido em 2008, a partir da constatação de que as caça-níqueis não poderiam mais ser depositadas no lixo. “Buscamos então uma destinação socioambiental para estes equipamentos”. Seabra frisou que o objetivo do Ministério Público é ampliar o máximo possível as parcerias do Alquimia. O Promotor de Justiça aproveitou para criticar a tramitação do projeto de regulamentação dos bingos no Brasil. “Trata-se de um retrocesso, pois pretende abrir porta para o crime organizado e a lavagem de dinheiro. E as casas de jogos são propícias para essas atividades”.

A promotora de Justiça Criminal de Pelotas, Maria Fernanda Pitrez, destacou o trabalho de repressão aos jogos ilícitos no município, tendo como saldo a apreensão de, aproximadamente, 2300 caça-níqueis. “Todo tipo de jogo vicia e essas máquinas são o crack da jogatina. Que este ato sirva de alerta para que devemos continuar a repressão a essas atividades. Ganham as instituições envolvidas, ganha a sociedade”, finalizou.




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