Promotores vistoriam Instituto Penal de Canoas
Em consequência da invasão do Instituto Penal de Canoas e da morte de um detento, os promotores de Justiça Sérgio Hiane Harris e Giselle Soares se reuniram, na manhã desta quarta-feira, 2, com o diretor do IPC, Janderson Carvalho da Costa, e com o delegado da 9ª Delegacia Penitenciária Regional, Valdir Correia do Amaral, a fim de inspecionar o local em que ocorreu o assassinato do apenado Marco Antônio Damascena Espossi, 27 anos. O crime ocorreu na madrugada de 31 de agosto. Após pularem o muro e cortarem cadeados, três homens encapuzados invadiram a casa prisional e executaram a vítima em frente aos demais presos.
Durante o encontro do Ministério Público com o diretor do IPC e o titular da 9ª DPR foram tomadas medidas de inteligência para dificultar novas tentativas de invasão. Também foi marcada uma reunião com o Secretário de Segurança Municipal, a fim de, a curto prazo, implementar medidas urgentes para, ao menos, amenizar o clima de insegurança que se espalhou entre os presidiários. Para os Promotores de Justiça, o crime, além de sua gravidade intrínseca, “foi um verdadeiro afronte às autoridades públicas e revelou a extrema ousadia dos criminosos".
A Superintendência dos Serviços Penitenciários apura a invasão no Instituto Penal de Canoas, localizado no bairro Marechal Rondon. “Marquinhos”, como era conhecido, foi alvejado com disparos de pistola. A execução está sendo investigada pela 3ª DP de Canoas, que não descarta uma vingança. A vítima tinha sido transferida do Albergue Pio Buck, em Porto Alegre, e cumpria pena no regime semiaberto. A invasão ocorreu pelos fundos do IPC que, atualmente, abriga 86 apenados dos regimes aberto e semiaberto.