Crime organizado e a investigação criminal
O promotor de Justiça da Especializada Criminal de Porto Alegre, Ricardo Felix Herbstrith, foi o palestrante da última noite da Semana do Ministério Público em Pelotas. Ele falou sobre o crime organizado e a investigação criminal por parte do Ministério Público.
Herbstrith abordou questões como o “furto de ideias”, vulgarmente conhecido como pirataria, afirmando que tais ações não acontecem apenas em países subdesenvolvidos, mas também em grandes potências, como nos Estados Unidos, que possui cerca de 185 mil fiscais de portos e aeroportos e quase 50 agências que investigam esse tipo de crime.
O Promotor citou, ainda, o tráfico de animais, as falsificações de obras de arte e o tráfico de mulheres como os crimes que mais movimentam dinheiro. Destacou que todos, para possuir êxito, têm em comum a presença de um agente corrompido do Estado, “que deveria trabalhar para combater o delito, mas acaba colaborando para que ele ocorra”. O processo de lavagem de dinheiro também foi detalhado por Herbstrith.
O palestrante finalizou enfatizando a dificuldade do Estado em lidar com crimes de contrabando através de fronteiras. Segundo o Promotor, o controle da Polícia e do Estado esbarra nos limites territoriais, mas o crime continua. Contra isso, frisou a necessidade de um trabalho integrado e transparente, fazendo uso da tecnologia. Para Ricardo Herbstrith, no que tange ao sucesso contra o crime organizado, “ainda se está muito longe de ter o que comemorar”. (Por Paula Gracioli)