No júri homem que atirou dentro de shopping center
Acontece nesta terça-feira, 18, o julgamento de Raul Henrique Hermann Gularte. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por tentativa de homicídio triplamente qualificada cometida dentro de um shopping de São Leopoldo. O motivo foi uma rixa decorrente da rivalidade existente entre torcidas organizadas do Grêmio e Inter na cidade. O júri começa às 8h30min, no plenário do Fórum de São Leopoldo. O promotor de Justiça Sérgio Luiz Rodrigues sustentará a acusação.
No dia 24 de janeiro de 2007, o réu, fazendo uso de um revólver (não apreendido), atirou em Maicon José Soares de Lima dentro do shopping Bourbon. O denunciado responde, ainda, a mais outra ação penal pela prática de crime com a mesma motivação, ao tentar matar com disparo de arma de fogo quatro pessoas em junho do mesmo ano. O processo está em fase de instrução.
Raul, torcedor colorado e conhecido como "Janela", também já respondeu processo em Porto Alegre por crimes cometidos em 2005 no estádio Beira-Rio. Após o jogo Internacional e Fluminense, ocorreu uma briga entre torcedores e a Brigada Militar, resultando em vários feridos. Na época, o processo penal foi suspenso mediante o compromisso de se apresentar na Delegacia de Polícia em dias de jogos.
Conforme o promotor de Justiça Sérgio Luiz Rodrigues, tramitam na Comarca cerca de 20 processos criminais envolvendo briga de torcidas organizadas, sendo oito deles homicídios consumados. "Mas há tentativas, além de lesões corporais graves e atos de vandalismo contra o patrimônio público e privado do Município", diz. Em São Leopoldo, no Tribunal do Júri, já foram julgados e condenados outros quatro réus em dois processos que tratavam de crimes desta natureza, ambos envolvendo a rixa entre torcedores.
Desde 2004 as quadrilhas cometem crimes violentos de forma recorrente na cidade, observou o Promotor. “O julgamento é importante diante da repercussão do fato, notadamente pela circunstância de ter sido praticado dentro de um shopping, em horário de movimento, colocando em risco um número indeterminado de pessoas”, destacou o membro do Ministério Público.