Segurança pública em São Sepé
O Ministério Público de São Sepé ingressou com ação civil pública contra o Estado, com pedido de liminar, para que um policial civil lotado na delegacia do município não seja transferido e, também, para que sejam adotadas medidas administrativas para colocar na cidade no mínimo mais 31 policiais civis, entre inspetores e escrivães de polícia, e mais 37 policiais da Brigada Militar.
A ação é uma tentativa de reverter a precariedade estrutural e de pessoal da Brigada Militar e da Polícia Civil. O aumento de crimes cometidos na cidade em função do pequeno número de policiais é refletido na relação número de habitantes/ocorrências, na qual lista São Sepé como o município mais violento do Estado.
A falta de equipamento para a realização segura e eficiente do trabalho dos policiais também é fator determinante para o aumento da violência, conforme constatou o MP de São Sepé. Dessa forma, a promotora de Justiça Cíntia Foster de Almeida pediu que sejam entregues à Brigada Militar dois coletes à prova de balas, dez pistolas, uma viatura leve para serviço urbano, dois computadores com impressora, equipamento para patrulha rural e cinco rádios comunicadores.
O efetivo previsto para a Brigada Militar no município é de 57 policiais militares, sendo que hoje conta com 20 PM's. Já o caso da Polícia Civil é mais grave, pois o efetivo seria de 33 policiais, mas na realidade apenas seis trabalham na DP da cidade, incluindo o policial que será removido.
Na visão de Cíntia Foster, a população estará ainda mais fragilizada e mais carente de policiamento se ocorrer a transferência do policial civil. “A insegurança local é elevada e essa situação dá espaço para sua qualificação como ampla, geral e irrestrita, em função dos alarmantes índices de criminalidade e vitimização no âmbito do município, que não deixam dúvidas de que a população se acha, a cada dia, mais desprotegida”, alerta a Promotora.