Instituto Penal é vistoriado
O Ministério Público realizou na manhã desta quinta-feira, 7, inspeção no Instituto Penal de Viamão. Na última terça-feira, um tiroteio entre integrantes de facções rivais resultou em quatro presos baleados, dois deles ainda internados em hospitais de Porto Alegre e Viamão. O local, com capacidade para 400 detentos, conta, atualmente, com 380 apenados dos regimes aberto e semiaberto. Durante a vistoria, o promotor de Justiça Luciano Pretto analisou as condições da casa carcerária, especialmente de uma galeria que teve os vidros bastante danificados, por onde, provavelmente, as armas usadas durante o confronto foram descartadas.
Luciano Pretto classificou o incidente da terça-feira como muito grave. “Ele resulta, com certeza, das rixas de facções que se formam nas penitenciárias do regime fechado”. O Promotor explica que, quando os presos migram para o semiaberto, eventualmente a rivalidade permanece e os confrontos acontecem. Ele revelou, ainda, que as reivindicações ouvidas dos detentos serão encaminhadas para a administração do Instituto. A principal queixa dos apenados diz respeito ao local onde eles estão recolhidos enquanto aguardam os reparos necessários para consertar janelas e banheiros que foram depredados após a briga.
O diretor do Instituto Penal de Viamão, Oto Roberto Faleiro, destacou que o tiroteio da terça-feira foi “um fato isolado” e que a Susepe está tomando providências para que isso não volte a ocorrer. “É importante que a sociedade fique calma após essa situação pois a intenção é que a tranquilidade permaneça, como está acontecendo no momento”. Faleiro revelou, também, que é difícil evitar o ingresso de armas no estabelecimento, em função da estrutura física do local, adaptado para a transferência de presos do aberto e do semiaberto e vizinho a um parque ao qual as pessoas têm acesso livremente.
De acordo com dados da administração do Instituto Penal de Viamão, somente nos últimos dois meses foram registradas 90 fugas do local. Desse total, aproximadamente 50 foram recapturados. Atualmente, está sendo feita a reforma de um dos alojamentos que, pronto, abrigará mais 80 presidiários.
