Empresa condenada
A Justiça manteve a condenação por crime contra as relações de consumo e formação de quadrilha de oito pessoas que anunciavam possibilidade de financiamento de veículos e empréstimos sem burocracia em jornais de grande circulação no Estado.
O Ministério Público denunciou a quadrilha que entregava contratos de venda de cotas de participação em grupos de consórcios.
Os condenados eram sócios, empregados ou vendedores da empresa Realcredi Representações Comerciais e Vendas de Cotas de Participação em Grupo de Consórcios Ltda. Os golpes ocorreram entre 2003 e 2004, sendo identificadas 634 vítimas no total.
ATUAÇÃO DA QUADRILHA
O financiamento de veículos e imóveis ou empréstimos a juros baixos, sem exigência de consultas a SPC e Serasa eram publicados em anúncios nos jornais Zero Hora e Correio do Povo, com o objetivo de atrair as vítimas.
Quando os consumidores chegavam ao local, os vendedores que trabalhavam na empresa prometiam a liberação de valores em um prazo de 15 a 30 dias, mediante o adiantamento de 5% da quantia pretendida, como taxa de adesão, além do pagamento da primeira parcela.
Após realizar o pagamento e assinar o contrato, o cliente ficava aguardando o contato do setor financeiro, que não acontecia. Mais tarde, a vítima era informada que havia firmado um contrato relativo a uma sociedade em conta de participação e o valor pretendido somente seria liberado quando houvesse saldo em caixa, o que também não ocorreu.
PUNIÇÃO
Os proprietários da empresa deverão cumprir a pena de 2 anos de reclusão e 6 anos de detenção em regime semi-aberto. O vendedor cumprirá 4 anos e 4 meses de detenção, em regime aberto. Os demais envolvidos nos crimes prestarão serviços à comunidade.