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Réus pegam 113 anos de prisão

Réus pegam 113 anos de prisão

marco
Julgamento iniciou na manhã de sexta-feira e terminou na madrugada deste sábado. Chacina aconteceu em 2004, na Vila Jardim, Capital

Ronaldo Ferreira Costa e José Leomar de Oliveira Mafalda, o “Alemão Nico”, foram condenados, cada um, à pena de 113 anos e seis meses de reclusão pela prática de cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio triplamente qualificada. Já Sérgio Elias Martins Faria foi absolvido por insuficiência de provas. A sentença foi proferida às 3h da madrugada deste sábado, na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre. O promotor de Justiça Fabiano Dallazen representou o Ministério Público no plenário. O júri popular foi cindido por falta de intimação no processo e Anderson Bock, o “Bozó”, deverá ser julgado em outra oportunidade.

Os réus integravam um bando que cometeu uma chacina que vitimou cinco pessoas de uma mesma família e deixou um sobrevivente. Os mortos foram a mãe do sobrevivente, 42 anos, o padrasto, 47, o irmão, 21, um primo de 18 e a avó, de 67. O crime ocorreu na madrugada de 26 de abril de 2004, na Vila Jardim Protásio Alves, na Capital.

Todos foram denunciados pelas mortes de Paulo Fernando Fagundes da Silva, Francisca Rosa da Silva, Jeferson da Silva Lisboa, Aurora Fagundes da Silva e Cristiano Machado dos Santos. Também responderam pela tentativa de homicídio contra a vítima que sobreviveu.

De acordo com a denúncia, os fatos delituosos iniciaram na Vila Nazaré. Fortemente armados, os denunciados arrombaram a porta da residência das vítimas. A família foi rendida, amarrada e amordaçada. Colocadas em uma Fiorino, foram agredidas durante o trajeto até a Vila Jardim Protásio Alves. No local da execução houve mais espancamentos. Imobilizadas, as vítimas foram assassinadas.

Conforme o Ministério Público, os crimes foram cometidos por desavenças de grupos delinquentes rivais e vingança, uma vez que uma das vítimas, no passado, havia disparado contra um integrante da quadrilha que cometeu a chacina. Também utilizaram meio cruel ao espancar violentamente as vítimas antes de executá-las. O sobrevivente conseguiu escapar porque fingiu estar morto.



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